O artista periférico: das margens do mundo para o centro da arte
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Data
2020-12-09Autor
Picancio, Gabriela Valer
Orientador
Ceccagno, Douglas
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Este estudo apresenta uma investigação sobre as motivações que influenciam na inserção de artistas periféricos no sistema da arte, em especial, sobre o processo de exotização. Para tais fins, analisa-se, primeiramente, a estrutura do sistema da arte a partir dos atores e processos atuais e históricos que o compõem. Na sequência, abordam-se conceitos necessários para a compreensão dos processos sociais que influenciam na formulação de políticas e de valores no sistema e no mercado da arte - como diferenciação, fixação, normalização, classificação,
representação e idealização das identidades - e que, por vezes, acompanham a exotização. Então, analisam-se dados relativos à presença de artistas periféricos na Bienal de Veneza - nas edições de 1990, 2001 e 2019 - e à comercialização de obras em 2019. Por fim, realiza-se uma síntese integradora entre as informações contidas nas fontes consultadas, resultando na exposição dos motivos que causam a inserção de artistas periféricos no sistema da arte. Este estudo é construído com um aporte teórico pautado na teoria da arte, em estudos decoloniais, socioculturais e históricos, além da consulta aos arquivos da ASAC DATI e aos relatórios da
Artprice.com. Dentre os autores utilizados, fazem parte do aporte teórico Memmi (1967), Wallerstein (1974), Canclini (1989), Bhabha (1998), Cauquelin (2005), Moulin (2007), Fleck (2014) e Thompson (2012). Os resultados apontam que são diversos os fatores que influenciam na inserção dos artistas periféricos, e que a exotização é um deles [resumo fornecido pelo autor].