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Realidade e fantasia: contribuições do role-playing game (RPG) para a convivência e a inclusão na escola
dc.contributor.advisor | Bisol, Cláudia Alquati | |
dc.contributor.author | Jaques, Rafael Ramires | |
dc.contributor.other | Azevedo, Tânia Maris de | |
dc.contributor.other | Valentini, Carla Beatris | |
dc.contributor.other | Farias, André Brayner de | |
dc.contributor.other | Acioly-Régnier, Nadja Maria | |
dc.contributor.other | Almeida, Francis Moraes De | |
dc.contributor.other | Giraffa, Lucia Maria Martins | |
dc.date.accessioned | 2021-06-16T14:06:23Z | |
dc.date.available | 2021-06-16T14:06:23Z | |
dc.date.issued | 2021-06-16 | |
dc.date.submitted | 2021-03-16 | |
dc.identifier.uri | https://repositorio.ucs.br/11338/7867 | |
dc.description | A maneira como a educação inclusiva é pensada hoje está fortemente ligada à legislação. Contudo, apenas a esfera jurídica parece não ser suficiente e, por vezes, as fórmulas, classificações e diagnósticos ofuscam o ser humano, indo na direção contrária e gerando exclusão. Nesta pesquisa, problematizo a inclusão a partir de um viés ético, questionando se é possível repensá-la por meio de referenciais como convivência, hospitalidade e acolhimento. O argumento desta tese é construído em três etapas. Na primeira, discuto a forma como a escola tem sido um espaço de (des)encontros, em que as diferenças causam conflitos, os quais, ocasionalmente, desencadeiam violência. Objetivando inverter essa lógica, considero os conflitos como ponto de partida para o acolhimento. Na segunda etapa, proponho uma forma de abordar a questão para além do formalismo jurídico. Busco entender como espaços de inclusão têm sido construídos e quais têm sido suas implicações, além de investigar como o discurso de tolerância pode adquirir um caráter excludente. Refutando a ideia de que o ambiente educacional é homogêneo, discuto o estar juntos a partir da ética, desde Emmanuel Levinas, e da hospitalidade, segundo Jacques Derrida. Na última etapa, sugiro uma abordagem para favorecer a convivência na escola por meio dos Role-playing Games (RPG), jogos de interpretação de papéis nos quais os jogadores criam e interpretam seus personagens durante a construção de uma história coletiva. Defendo que os RPGs, por conta de seu caráter orientado a decisões coletivas, podem proporcionar espaços lúdicos de convivência. Tencionando entender os possíveis desdobramentos do uso desses jogos na escola, empreendi uma etapa empírica na qual os dados foram obtidos a partir do registro audiovisual de oficinas de RPG e da aplicação de entrevistas semiestruturadas com os jogadores. Fizeram parte do estudo doze alunos do Ensino Médio, divididos em dois grupos, os quais realizaram encontros semanais, ao longo de dois meses. O material foi analisado desde uma perspectiva qualitativa, por meio da Análise de Conteúdo proposta por Bardin, sendo organizada em três categorias: hos-ti-pitalidade, conflito e tomada de decisão. A análise sugere que os RPGs podem promover espaços de acolhimento, mesmo que haja alternância entre momentos de hospitalidade e hostilidade. O jogo funcionou como um "motor de conflitos", colocando os jogadores em situações-dilema, nas quais foi preciso debater, ajustar expectativas, estabelecer consensos e coordenar ações para objetivos em comum. Vivenciando e tomando para si as agruras de seus personagens, os jogadores puderam problematizar seus próprios relacionamentos e desenvolver novos olhares sobre o estar juntos. Ao defender a ideia de uma pedagogia para convivência, sugiro que o jogo, dentro da escola, pode constituir um espaço de acolhimento e hospitalidade. | pt_BR |
dc.description.abstract | The way inclusive education is conceived today is strongly related to legislation. However, only the legal sphere does not seem to be enough and at times, formulas, classifications, and diagnoses overshadow the human being, going in the opposite direction and creating exclusion. In this research, I discuss inclusion from an ethical point of view, questioning whether it is possible to rethink it through references such as coexistence, hospitality, and welcoming. This thesis argument is constructed in three stages. In the first, I discuss how the school has been a space for (dis)union, in which differences cause conflicts, which sometimes trigger violence. To reverse this logic, I consider conflicts as a starting point for welcoming. In the second stage, I propose a way to approach the issue beyond legal formalism. I seek to understand how spaces of inclusion have been constructed and what their implications have been, in addition to investigating how the discourse of tolerance can embody exclusion. Rejecting the idea that the educational environment is homogeneous, I discuss being together based on ethics, in consonance with Emmanuel Levinas, and hospitality, according to Jacques Derrida. In the last stage, I suggest an approach to promote coexistence at school through Role-playing Games (RPG). These are games in which players create and play a role as their characters during the construction of a collective story. I argue that RPGs, due to their collective-oriented design, can provide ludic spaces for living together. To understand the possible consequences of using these games at school, I undertook an empirical stage in which the data were obtained from the audiovisual record of RPG workshops and the conduction of semi-structured interviews with the players. Twelve high school students were part of the study, divided into two groups that participated in weekly meetings, over two months. The collected material was analyzed from a qualitative perspective, through the Content Analysis proposed by Bardin, and organized into three categories: hostipitality, conflict, and decision-making. The analysis suggests that RPGs can promote welcoming spaces, even if there is an alternation between moments of hospitality and hostility. The game worked as a "conflict engine", putting players in dilemma situations, in which it was necessary to discuss, adjust expectations, establish consensus, and coordinate actions towards common goals. By experiencing and taking on their characters' sufferings, players were able to rethink their relationships and develop new perspectives on being together. When defending the idea of a coexistence pedagogy, I suggest that the game, within the school, can constitute a space of welcome and hospitality. | en |
dc.description.sponsorship | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, CAPES | pt_BR |
dc.language.iso | pt | pt_BR |
dc.subject | Educação Inclusiva | pt_BR |
dc.subject | Convivência | pt_BR |
dc.subject | Hospitalidade | pt_BR |
dc.subject | Jogos de fantasia | pt_BR |
dc.subject | Inclusive education | en |
dc.subject | Living together | en |
dc.subject | Hospitality | en |
dc.subject | Fantasy games | en |
dc.title | Realidade e fantasia: contribuições do role-playing game (RPG) para a convivência e a inclusão na escola | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
mtd2-br.advisor.instituation | Universidade de Caxias do Sul | pt_BR |
mtd2-br.advisor.lattes | http://lattes.cnpq.br/4328146655229852 | pt_BR |
mtd2-br.author.lattes | JAQUES, Rafael R. | pt_BR |
mtd2-br.program.name | Doutorado Acadêmico em Educação | pt_BR |
mtd2-br.campus | Campus Universitário de Caxias do Sul | pt_BR |