Avaliação das mutações em PI3K e do genótipo de HPV em pacientes com câncer cervical associados a desfechos clínicos e de sobrevida
Fecha
2021-06-30Autor
Brollo, Janaína
Orientador
Ely, Mariana Roesch
Henriques, João Antonio Pêgas
Metadatos
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Objetivos: Avaliar pacientes portadoras de câncer de colo uterino diagnosticadas e tratadas numa instituição de referência em oncologia e analisar as características clínicopatológicas, tratamentos realizados, desfechos de sobrevida, genótipo do HPV e status da mutação em PI3K; relacionando o genótipo do HPV e o status da mutação do PI3K com as demais características avaliadas nesta população. Métodos: Estudo observacional de coorte, retrospectivo, que avaliou as pacientes tratadas no período de 01 de janeiro de 2012 até 31 de dezembro de 2016. As pacientes foram identificadas e foram resgatados os blocos de parafina para análise molecular. Os dados clínicos e de sobrevida foram coletados, digitalizados e analisados. Resultados: 58 pacientes foram incluídas nesta análise. A mediana de idade foi de 44 anos e 29,3% (n=17) das pacientes eram tabagistas. O subtipo histológico predominante foi carcinoma epidermóide (88%, n=51) e 64% (n=37%) estavam em performance status (PS) 1. A maior parte das pacientes encontrava-se em EC avançados, 29,3% (n=17) em EC III e 48,3% (n=28) em EC IV, respectivamente. Com uma mediana de seguimento de 22,8 meses, a sobrevida livre de progressão em 1 ano e 3 anos foi de 66% e 44,8%, respectivamente. A sobrevida global em 1 ano e 3 anos foi de 79,2% e 63,4%, respectivamente. 40 (69%) apresentaram positividade para HPV16/HPV18 e não foi observado relação estatística significativa associando o genótipo de HPV às características clínico-patológicas da população e à sobrevida global, HPV 16 (p=0,550) e HPV 18 (p=0,594), respectivamente. Dos 58 casos analisados, 17 (29,3%) apresentaram mutação em PI3K, sendo a mais frequente p.E545K (éxon 9), encontrada em 12 (20,7%) pacientes. Não foi observado relação estatística significativa associando a presença de mutação em PI3K às características clinico-patológicas das pacientes e à sobrevida global (p=0,487). Conclusão: A população de pacientes portadoras de câncer cervical apresentou um perfilde doença diagnosticada em fases mais avançadas (EC III e IVA) e com características clínicas agressivas. A prevalência de mutação em PI3K e dos genótipos de HPV 16 e 18 foi de 29,3% e 69%, respectivamente. Não foi identificada significância estatística quando se analisou a presença de mutação em PI3K e/ou genótipo de HPV com as características clínico-patológicas e desfechos de sobrevida global das pacientes. [resumo fornecido pelo autor]