Bem-estar no trabalho de agentes funerários
Fecha
2021-07-01Autor
D'Arrigo, Joana Franzoi
Orientador
Marcon, Silvana Regina Ampessan
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
No mercado de trabalho são desempenhadas as mais diversas profissões, algumas consideradas de maior prestígio e outras são vítimas de preconceitos em função da natureza da atividade. Um exemplo é a de agente funerário, função permeada por um dos maiores tabus da vida humana: a morte. Apesar da morte ser uma condição inerente à nossa existência, o cuidado com o corpo morto acaba sendo delegado a esses profissionais, que limpam, maquiam, reconstituem, vestem e providenciam todos os preparativos para as cerimônias de despedida. Os agentes funerários organizam salas de velório, ornamentam urnas, conduzem o sepultamento, auxiliam em serviços administrativos, na obtenção de documentos e acolhem famílias. As tarefas que executam e a existência da sua profissão em si trazem consigo a percepção da finitude do ser humano, o que acaba causando desconforto para a sociedade. O presente estudo tem como objetivo geral identificar as características do contexto de trabalho que interferem no bem-estar do agente funerário e possíveis intervenções do psicólogo. Os objetivos específicos são os seguintes: caracterizar o contexto de trabalho de agentes funerários, caracterizar o ofício de agentes funerários, sistematizar os conhecimentos sobre bem-estar no trabalho e identificar as possíveis intervenções do psicólogo no contexto do trabalho funerário. Para o desenvolvimento deste trabalho, foi realizada uma pesquisa bibliográfica do tipo qualitativa, com cunho descritivo e exploratório, utilizando a análise de conteúdo, como referencial para a análise. Dentre os resultados, no que diz respeito ao ofício de agente funerário, foi identificado que sua rotina se configura dentro de cinco principais tarefas: atendimento a famílias, remoção e preparação do corpo, organização do velório e do sepultamento. No seu contexto de trabalho, a rotina é imprevisível, esses profissionais são expostos a cargas emocionais, riscos químicos, biológicos, mecânicos e ergonômicos; além disso, também sofrem preconceito da sociedade em função do contato com o corpo morto. Todavia, o agente funerário ao ressignificar a morte e ao se perceber como um cuidador, experencia satisfação, comprometimento e envolvimento com o trabalho, o que pode lhe promover maior bem-estar no trabalho. Dentre as possíveis intervenções da Psicologia: é proposta a promoção de estratégias para gestão de pessoas e um espaço para diálogo, assim como: cursos, workshops, supervisão, plantão psicológico e psicoterapia. [resumo fornecido pelo autor]
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