A recuperação judicial é um processo onde as empresas necessitam se reestruturar, tanto operacionalmente, como financeiramente, por isso a companhia apresenta um plano de recuperação com medidas para que encerre o processo de forma saudável. O presente estudo teve por objetivo a avaliação do pressuposto de continuidade operacional das companhias da região sul em recuperação judicial. Trata-se de uma pesquisa documental, com abordagem qualitativa e objetivos descritivos. Para esta pesquisa foi utilizado o plano de recuperação e as demonstrações contábeis, do período que iniciou a recuperação até 2019. Com isso, foi possível evidenciar a aplicação do pressuposto de continuidade, através das medidas de recuperação e, da avaliação dos indicadores de liquidez, rentabilidade e endividamento analisados. Na liquidez geral, a empresa que apresentou melhor resultado foi a Inepar, com 1,23, a Schlosser apresentou o mais desfavorável dos índices: 0,05. Já na liquidez imediata, a companhia que mais chamou a atenção foi a Teka Tecelagem com um índice de 0,00, ou seja, a capacidade de pagamento imediato das obrigações será afetada. O ROE apresentado chama atenção pelos resultados negativos deteriorando o capital investido pelos sócios, já no ROI a geração de caixa pela venda dos investimentos em ativos imobilizados, demonstra o enxugamento das empresas na busca por sua continuidade operacional. A composição do endividamento demonstra uma readequação das dívidas de curto prazo da Sultepa, Inepar e Wetzel. Na análise das medidas do plano de recuperação cruzadas com os indicadores, a empresa Pomifrutas S.A é a que apresentou maiores indícios de descontinuidade operacional. [resumo fornecido pelo autor]