Aplicação de coagulante, de origem vegetal, como alternativa no tratamento de efluentes em uma indústria de saneantes
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Data
2022-11-15Autor
Bettiol, Bruna
Orientador
Baldasso, Camila
Metadata
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O uso de coagulante a base de sulfato de alumínio, em conjunto com o floculante, é um insumo frequentemente utilizado no tratamento de efluentes, entretanto, como subproduto, origina-se o lodo químico, contendo sais de alumínio, que carregam consigo, um caráter poluente ao meio ambiente. Portanto, a proposta deste trabalho é, avaliar o desempenho do coagulante a base de tanino, que são moléculas fenólicas biodegradáveis, extraídas a partir da casca da planta Acácia-Negra, e aplicá-lo em um efluente proveniente de uma indústria de saneantes, por meio de ensaios em Jar Test. Os dois tratamentos iniciais foram realizados na mesma proporção, tanto para o sulfato de alumínio, como para o coagulante vegetal, na dosagem de 10 g/L, e, por fim, no último tratamento, optou-se em reduzir a concentração do coagulante vegetal para 2,5 g/L. Diante dos resultados, o coagulante vegetal a 2,5 g/L reduziu parâmetros físico-químicos com percentuais de 60,42 % de turbidez, 70,96 % de fósforo e 97,95 % dos surfactantes aniônicos. Além de ter eliminado completamente os óleos e graxas animais e vegetais e sólidos suspensos totais e, adicionalmente, gerando um lodo isento de alumínio. A escolha deste coagulante não demanda ajuste de pH no efluente, atua tanto no processo de coagulação, quanto de floculação, não sendo necessário fazer o uso de produtos adicionais como floculantes e alcalinizantes, além de apresentar melhor desempenho em dosagens menores, que comparados com o sulfato de alumínio. Portanto, há viabilidade em se optar pelo coagulante vegetal, devido aos seus resultados físico-químicos, pela sua composição biodegradável e por não exigir investimentos altos ou alterações de projetos já existentes. [resumo fornecido pelo autor]