O navegar da docência no contexto neoliberal: (im)possibilidades de análise, na perspectiva da biopolítica.
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Data
2023-06-20Autor
Silva, Ozival Barbosa da
Orientador
Rosa, Geraldo Antônio da
Metadata
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Esta dissertação apresenta um estudo bibliográfico acerca da "Atuação docente no contexto neoliberal: (im)possibilidades de análise na perspectiva da biopolítica". A pesquisa está fundamentada no pensamento de Michel Foucault que trata sobre a funcionalidade, técnicas, práticas do poder, que em decorrência dos processos históricos constituem dispositivos biopolíticos. Tem como objetivo geral analisar a atuação docente no contexto neoliberal a partir da perspectiva biopolítica, buscando estabelecer possibilidades de avanços nesse processo. Além das formulações foucaultianas, outros fios condutores para o estabelecimento de reflexões acerca desta temática compreendem nos seguintes autores: Agamben (2004, 2007, 2009), Arendt (2001, 2004) e Freire (1976, 1979, 1996). Frisa-se a importância de inserir o pensamento de Paulo Freire, configurando um confronto de ideias no campo educacional, trazendo a emancipação como um novo caminho de transformação da
realidade. A pesquisa debruça-se sobre análises qualitativas, tendo em Marconi e Lakatos (2003) a possibilidade de desenvolver pesquisa bibliográfica, sendo aplicado o método hermenêutico. Os resultados nos mostraram que o neoliberalismo tem atuado fortemente, sendo uma forma de atuação de governo; a biopolítica é uma aresta deste tão grande guarda-chuva em que a educação tem lugar de grande expansão para otimização dos dispositivos de poder e controle dos corpos. A biopolítica se dissemina, efetiva-se, às vezes, de forma sutil ou escancarada, mas a realidade é que não podemos fugir dessa atuação política. As concepções progressistas da educação apresentam-se como possibilidade de superação e emancipação, que nos levam a acreditar que, nesse contexto, o professor assume o papel transformador e emancipador dos seus alunos, desenvolvendo o seu fazer pedagógico voltado para o compartilhamento do conhecimento, indo em direção à dimensão crítica e reflexiva. Isso nos faz refletir sobre a atuação pedagógica no campo da resistência, liberdade e esperança, para não só incluir, mas promover o livre conhecimento, deixar livres os sujeitos, a fim de que se tornem capazes de decidir por si mesmos, transformando o mundo mais igualitário e humanizado. [resumo fornecido pelo autor]