Benefícios da musicoterapia na memória de idosos com doença de Alzheimer
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Data
2023-12-06Autor
Fontana, Thalya
Orientador
Lhullier, Cristina
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Mostrar registro completoResumo
A doença de Alzheimer tem uma prevalência de 5% nas pessoas acima de 60 anos e de 30% em pessoas acima de 80 anos. É uma doença que não possui cura. O tratamento visa a qualidade de vida da pessoa idosa adoentada e de seus cuidadores e/ou familiares. O objetivo geral deste trabalho é descrever possíveis contribuições das técnicas de musicoterapia nos processos de memória de pessoas idosas com doença de Alzheimer. E, como objetivos específicos, propõe-se apresentar as técnicas e os objetivos da musicoterapia, elaborar um panorama dos processos de memória na perspectiva da psicologia cognitiva e caracterizar a doença de Alzheimer no que se refere à etiologia, sintomas, evolução e possíveis intervenções. A revisão da literatura respondeu aos objetivos específicos propostos no trabalho. O delineamento foi de uma pesquisa qualitativa exploratória. A fonte escolhida foi o filme documentário Alive Inside: A Story of Music and Memory, que retrata o uso de intervenções mediadas por música com pessoas idosas com a doença de Alzheimer nos contextos de cuidados familiares e de institucionalização, do qual foram selecionadas 23 cenas. O instrumento compôs-se de uma tabela com os itens numeração, minutagem e descrição das cenas e classificação destas em temáticas. A interpretação dos dados realizou-se pela análise de conteúdo de Laville e Dionne. Foram elaboradas três categorias, nomeadas Pessoas Idosas com Doença de Alzheimer, Intervenções Mediadas pela Música e Processos de Memória. Os prejuízos da memória, enquanto processo cognitivo, no decorrer da doença de Alzheimer causam não apenas esquecimentos, mas também a perda de contato consigo mesmo e com os outros. Ressalta-se a importância da memória autobiográfica para a construção e a evocação da história de vida de cada pessoa. Outro aspecto que contribui com a elaboração de histórias de vida é a música, que constitui uma espécie de "trilha sonora" para os eventos. Dado que a música faz parte da existência humana, e que as áreas corticais responsáveis pelo processamento de estímulos musicais permanecem preservadas na doença Alzheimer, pode-se pensar que intervenções mediadas pela música, como a musicoterapia, geram benefícios às pessoas com esse tipo de demência. Concluiu-se que as intervenções mediadas pela música, como as retratadas no documentário, causam benefícios em processos cognitivos como linguagem, motricidade e emoção, além de promover interação social e melhoria da qualidade de vida das pessoas idosas com a doença de Alzheimer. Mais ainda, esse tipo de intervenção reativa os sistemas de memória, em especial a memória autobiográfica, promovendo o reencontro dessas pessoas com suas histórias de vida. Este trabalho é importante para o futuro profissional, pois ampliou o interesse pela musicoterapia e pela atuação junto ao público idoso. [resumo fornecido pelo autor]
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- Psicologia - Bacharelado [243]