Escolha deliberada na ética aristotélica : entre paixão e razão
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Data
2024-02-28Autor
Borba, Éder Homem
Orientador
Sangalli, Idalgo José
Metadata
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O escopo dessa pesquisa é analisar a relação entre a razão e o desejo no conceito de escolha e da escolha deliberada na constituição do caráter na Ética Nicomaqueia. Parece que o legado da ética de Aristóteles para a civilização passa pela consideração do homem como um ser dotado de razão e de paixões, e que aspira ao conhecimento verdadeiro, buscando a justiça e, sobretudo, a felicidade. Sendo uma das características da ética aristotélica a necessária harmonia entre paixão e razão, para que o homem alcance seu fim último, que é a felicidade, ele precisa saber deliberar bem. Existe uma construção do caráter do ser humano, na atividade deliberativa da razão, consolidando a formação virtuosa iniciada pelo e no hábito. Essa construção de caráter se dá através do hábito, na relação da razão com as paixões ao longo de toda a vida e, particularmente, com a atuação racional em seu ato específico, isto é, deliberar bem para permitir as melhores escolhas e decisões. Em Aristóteles, a busca pela verdade, pela justiça e pela felicidade consiste em uma força motriz de ações, ideias e desejos. Mas, por outro lado, na busca humana pela felicidade, a capacidade de contemplar parece se tornar a melhor atividade do ser humano, dentre tantas outras, contendo atributos de pureza e perenidade. Ela é pura por derivar do intelecto, apontado como aquilo que o homem tem de melhor, é a mais contínua em relação a qualquer outra ação. [resumo fornecido pelo autor]