Avaliação do processo de aplicação de um revestimento de cromo duro com catalisador isento de fluoretos por eletrodeposição em peças de aço carbono
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Data
2023-12-16Autor
Borges, Greicy Freitas
Orientador
Giovanela, Marcelo
Metadata
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A eletrodeposição metálica, notadamente a de cromo duro, é uma técnica amplamente empregada e que tem por objetivo principal melhorar a resistência à corrosão de diversos materiais. Embora o banho de cromo duro contenha substâncias tóxicas e cancerígenas em sua composição, é crucial compreender esse processo dada à sua importância, especialmente em nível nacional. Dentro desse contexto, esse trabalho teve por objetivo avaliar um processo de eletrodeposição de cromo duro com a adição de um catalisador isento de fluoretos, que atualmente é o mais utilizado para obtenção de uma maior eficiência de corrente, sem ataque ao substrato. Para tanto, o processo foi realizado em peças de aço carbono SAE 1045, sem adição (condição 0) e com três concentrações diferentes de um catalisador isento de fluoretos (30, 50 e 80 mL/L, representando as condições 1, 2 e 3). Análises de microscopia eletrônica de varredura com emissão de campo (MEV-FEG) e de espectroscopia de raios X por dispersão em energia (EDX) foram realizados para avaliar a morfologia dos revestimentos e dos produtos de corrosão formados após o ensaio de névoa salina. De modo geral, os resultados revelaram que as peças revestidas com cromo duro nas condições 1, 2 e 3 apresentaram depósitos microfissurados, enquanto aquelas da condição 0 apresentaram apenas algumas falhas localizadas. No que se refere às análises de EDX, os mapas de composição evidenciaram uma maior exposição do material base nas condições com catalisador, possivelmente devido a microfissuras mais profundas. Além disso, as imagens obtidas por microscopia ótica mostraram que as microfissuras se encontram preenchidas por produtos de corrosão, sugerindo que as mesmas possam ter atuado como canais para a corrosão. Em relação aos ensaios de névoa salina e em câmara úmida, a adição de catalisador não proporcionou ganhos significativos em termos de revestimento, e consequentemente de proteção, uma vez que as peças apresentaram uma menor resistência à corrosão. Essa constatação foi igualmente evidenciada por meio dos dados obtidos a partir das curvas de polarização, que mostraram que o catalisador não proporcionou melhorias nessa propriedade. Com base nos parâmetros operacionais aplicados neste estudo, a adição do catalisador isento de fluoretos não apresentou resultados satisfatórios, indicando uma menor resistência à corrosão do revestimento, quando comparado à condição sem catalisador. Nesse sentido, torna-se imprescindível conduzir investigações mais abrangentes, não apenas para validar essas constatações, mas também para aprimorar as condições empregadas na implementação deste trabalho. [resumo fornecido pelo autor]