O presente trabalho tem por objetivo identificar possíveis implicações da dependência das mídias sociais digitais vivenciadas por adolescentes no contexto familiar. Essa pesquisa se mostra relevante, uma vez que tem crescido o uso e abuso das mídias sociais digitais na adolescência, sendo que há a preocupação com os transtornos associados ao fenômeno, bem como a preocupação para o prejuízo nas relações familiares. Para o alcance do objetivo geral, foi necessário caracterizar a dependência de mídias sociais digitais, descrever a adolescência numa perspectiva biopsicossocial e apresentar o conceito de família a partir da perspectiva da terapia familiar sistêmica. Este é um estudo de natureza qualitativa, descritiva e exploratória. Para o levantamento bibliográfico deste trabalho foi realizada uma pesquisa nas bases de dados Scielo (Scientific Electronic Library Online) e Google Acadêmico, utilizando os descritores "Dependência Tecnológica (Mídias sociais)" and "Adolescência (adolescentes)", "Adolescência (adolescentes) and dependência tecnológica (mídias sociais) and Relações familiares" and "pensamento sistêmico" and "ambiente familiar". Os dados foram catalogados a partir de uma planilha, organizando as informações de cada artigo em colunas com as especificações de título, autor (es), ano de publicação, descritores, periódico e base de dados. O referencial de análise foi à síntese integradora. Os resultados deste estudo apontam que a influência da tecnologia nas relações parentais apresenta aspectos positivos e negativos. Os impactos positivos apontam que a tecnologia aproxima pais e filhos por facilitar a comunicação em qualquer lugar e hora. Tendo em vista, que as tecnologias estão presentes no nosso dia a dia e não retrocederão, se faz necessário buscar formas de beneficiar-se desta interface como instrumento de aproximação no relacionamento parental. Os impactos negativos dizem respeito ao afastamento, principalmente o afastamento afetivo. Considera-se que as mídias sociais digitais podem trazem muitos benefícios para os adolescentes, os quais apresentam mais intimidade para lidar com as mesmas, porém as famílias nem sempre estão preparadas para orientação e mediação quanto ao uso excessivo das mídias sociais digitais causando diversos problemas nas relações familiares. Assim, diante complexidade e da escassez de materiais abordando esse tema dentro da terapia familiar sistêmica, se faz necessário que novas pesquisas sejam realizadas para melhor compreensão dessa temática. [resumo fornecido pelo autor]