The Eras Tour : ecossistemas turístico-comunicacionais-subjetivos, gerados pela turnê da cantora Taylor Swift, no Brasil
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Data
2024-10-14Autor
Oliveira, Anny Gabrielly Peixoto de
Orientador
Baptista, Maria Luiza Cardinale
Metadata
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Eventos são um grande motivador de deslocamentos de pessoas, o que se potencializa quando se trata de um evento de larga escala. É o que se percebe, especialmente, na área artístico-cultural, na contemporaneidade, responsável pela desterritorialização de grande contingente de turistas e pelo surgimento de singulares ecossistemas turísticocomunicacionais-subjetivos. Tendo isso em vista, o objetivo geral desta pesquisa é cartografar elementos dos ecossistemas turístico-comunicacionais-subjetivos, gerados pela turnê mundial The Eras Tour, da cantora Taylor Swift, no Brasil. Para atingi-lo, temse os objetivos específicos: conceituar o ecossistema turístico-comunicacional-subjetivo; apresentar a cartografia do The Eras Tour da cantora Taylor Swift no Brasil; e realizar 'com-versações' com fãs da cantora sobre suas experiências no show e interação com outros fãs. Os caminhos metodológicos traçados orientam-se pela Cartografia dos Saberes e Matrizes Rizomáticas, processuais em termos de dinâmicas de ação investigativa, e plurimetodológicas em termos de procedimentos. Essas estratégicas consideram a subjetividade do pesquisador, com os saberes da teoria e experiências vividas. A pesquisa foi realizada considerando a lógica ecossistêmica e desteritorializante, gerada pela situação em que um contingente de pessoas, com sentimentos parecidos, decide se deslocar, em busca da singularidade e encantamento da experiência em evento. O título da turnê nos convida a refletir sobre o que significa dizer, na contemporaneidade, The Eras Tour, e quais os sinalizadores dessa era do turismo, ressignificando o que, historicamente, foi chamado de Grand Tour. A pesquisa analisou o processo de preparação da viagem, com os elementos que compõem o grupo de fãs da cantora, e em como o processo da viagem começa muito antes de seu planejamento. Além disso, há o levantamento de relatos do evento e pós-evento, que discutem problemas de organização e como a repercussão negativa pode afetar a localidade receptora. A formação desse ecossistema resulta da motivação do deslocamento para o Rio de Janeiro ou São Paulo, pelo evento. Para isso, foi verificada a identificação com a cantora e com suas músicas. Já a respeito da cartografia, utilizada no sentido psicossocial, foi feito um levantamento do que se tratava a turnê e como era feita, mostrando seus conceitos e características, tanto do show quanto dos que se deslocam para experiência do evento com os meios de transporte, hospedagem e vestimentas características. Nas 'com-versações', foi percebido que, apesar de ser um megaevento, a empresa que o realizava não estava preparada para situações adversas, sendo relatada a falta de preparo e organização com problemas que poderiam ter sido evitados ou minimizados. De forma geral, essa discussão de ecossistemas turísticos se justifica nessa trama de conexões de universos existenciais, que são desencadeadas desde e o momento cada pessoa conheceu a cantora, em que resolveu fazer a viagem em si, seu retorno posterior, mostrando-se também forte na continuidade de vínculo por meios das lembranças feitas do evento. A geração desses ecossistemas constitui-se um elemento de potencialização do Turismo contemporâneo e de vislumbres de necessidades de amadurecimento nos processos e dinâmicas de produção. [resumo fornecido pelo autor]