Avaliação da estabilidade térmica e da cinética de degradação de espécies de madeiras provenientes da região amazônica
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Data
2018-12-24Autor
Cavinato, Camily Daiane
Orientador
Poletto, Matheus
Metadata
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Neste trabalho, a correlação entre os componentes da madeira (celulose, hemicelulose, lignina e extrativos) e a estabilidade térmica de três espécies da Região Amazônica foi investigada através de espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), termogravimetria e pela utilização dos métodos de Kissinger, Flynn-Wall-Ozawa e Criado. As espécies estudadas foram Cedrela odorata L. (Cedro), Marmaroxylon racemosum Ducke Killip (Angelim rajado) e Tectona grandis (Teca). A espectroscopia no infravermelho evidenciou que as espécies Teca e Angelim possuem as bandas mais intensas de holocelulose e lignina, enquanto o Cedro possui as bandas mais discretas. A Teca possui também picos intensos para a celulose cristalina enquanto que o Angelim demonstrou a banda típica de celulose amorfa mais intensa. Os resultados das análises termogravimétricas mostraram que na faixa de temperatura entre 180-220 °C o Cedro apresenta uma perda de massa mais significativa, iniciando seu processo de degradação próximo a 130 °C, enquanto o Angelim é próximo a 205 °C e a Teca em torno de 190 °C, indicando um maior teor de extrativos no Cedro, assim como uma estabilidade térmica inferior em relação às outras espécies analisadas. Na análise cinética ficou evidente que as três espécies possuem mecanismos de degradação diferentes, sendo a energia de ativação relativamente constante até a conversão de 50%. O método de Criado mostrou que o mecanismo de degradação da madeira ocorre por processos de difusão quando a conversão é inferior a 50%. Os resultados obtidos evidenciam a menor estabilidade térmica do Cedro frente às demais espécies e que o teor de extrativos acelera, em geral, a degradação térmica da madeira (sic).