O suicídio na velhice : o vazio existencial como uma perspectiva de análise
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Data
2019-12-07Autor
Drumm, Fernanda Suelen
Orientador
Bohm, Verônica
Metadata
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O presente trabalho visa buscar possíveis relações entre o conceito de vazio existencial da Logoterapia e o suicídio na fase da velhice. Para isso, utilizou-se como aporte teórico a Logoterapia de Viktor E. Frankl para aprofundar assuntos pertinentes ao tema. Nesta perspectiva, foi utilizado como conceito principal o vazio existencial, que fora apresentado de forma minuciosa com o intuito de compreender suas características e seu impacto na vida do sujeito. Buscou-se também caracterizar os fatores de risco e proteção do suicídio e os aspectos biopsicossociais da fase da velhice, com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e artigos científicos referentes à temática. Para atingir os objetivos deste trabalho foi usado o método de pesquisa bibliográfica qualitativa com delineamento exploratório e interpretativo. A fonte utilizada é o filme "Um homem chamado Ove" (2015), produzido por Fredrik Backmaan e dirigido por Hannes Holm. O filme conta a história de Ove, um homem de 59 anos que após ser demitido decide por fim a sua própria vida. A partir do filme escolhido, foi utilizado como instrumento a construção de uma tabela. A tabela foi dividida em cenas e suas categorias foram definidas a posteriori, com a estratégia de emparelhamento. Foiselecionado o total de catorze cenas, estas foram divididas em categorias e nomeadas como: 1) Velhice; 2) O vazio existencial e 3) Suicídio. Com base na discussão realizada através da análise, os resultados mostram os impactos do vazio existencial, como a neurose e o suicídio na fase da velhice. O personagem apresenta uma frustração existencial ao longo de sua vida, que acaba se configurando num vazio existencial, gerando a neurose noogênica e consequentemente a tentativa de suicídio. Esta etapa do ciclo da vida mostra diversos aspectos que pode levar o sujeito ao adoecimento psíquico, como no caso do personagem a aposentadoria. O afastamento da vida produtiva pode gerar algumas desvantagens como desvalorização e desqualificação o que pode favorecer a frustração e o sentimento de inutilidade. Com isso, destaca-se a importância do sentido do trabalho na vida do sujeito, pois é através dos valores de criação que o personagem desiste de cometer o suicídio (sic).
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- Psicologia - Bacharelado [243]