Avaliação da despolimerização do poliestireno expandido através do uso de micro-ondas
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Data
2020-12-09Autor
De Marco, Paula
Orientador
Poletto, Matheus
Metadata
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Os materiais poliméricos estão cada vez mais presentes no cotidiano e são descartados em larga escala constituindo um desafio para sua reciclagem. Com isso, o objetivo do estudo foi avaliar a despolimerização do poliestireno expandido (EPS) através do uso de micro-ondas. Para tal, utilizaram-se diferentes teores de negro de fumo (0,0125, 0,125, 0,250, 0,5 e 1 g), mantendo a massa da amostra do EPS fixa em 1 g. Todos os testes ocorreram em 3 ciclos, com tempo total de 12 minutos e, o balão de fundo redondo que continha a amostra, foi isolado com lã de rocha. Para caracterizar o material obtido da despolimerização, realizou-se a Espectroscopia de Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR) e a análise termogravimétrica (TGA). O balanço de massa foi realizado para avaliar o rendimento da despolimerização. Os testes com teores de negro de fumo mais elevados (0,5 e 1 g) não foram satisfatórios, pois degradaram a amostra de EPS no início do primeiro ciclo. Para a amostra com razão em massa de EPS e negro de fumo de 1:0,0125, observou-se a formação de uma maior fração sólida, pouca fração gasosa e nenhuma fração de líquido. A amostra com razão 1:0,125 apresentou frações gasosas e líquidas a partir do segundo ciclo, com menor teor de sólido formado. Com o maior teor de negro de fumo (0,250 g) foi possível notar maiores quantidades formadas de fração gasosa e líquida, gerando menor fração sólida. Notou-se um rendimento de mais de 40% em fração gasosa com a amostra 1:0,250 e menos de 1% com o menor teor de negro de fumo. A análise de FTIR para a amostra 1:0,250 apresentou novas bandas de absorção quando comparada a uma amostra neutra de EPS. Observaram-se picos de degradação no TGA que podem estar correlacionados a formação de compostos mais voláteis após a despolimerização. Este estudo demonstrou a possibilidade de despolimerização do EPS via micro-ondas utilizando estruturas carbonosas, o que pode contribuir para a reciclagem do EPS. [resumo fornecido pelo autor]