Influência do pré-tratamento mecânico de jateamento na aderência e na resistência anticorrosiva de um processo de pintura e-coat e top-coat
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Data
2020-12-10Autor
Santos, Aline Benittes dos
Orientador
Mandelli, Roberto Itacyr
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Mostrar registro completoResumo
O aço-carbono é considerado um dos materiais mais aplicados na engenharia e na indústria, mas possuem algumas restrições, principalmente quando são necessárias propriedades como resistência à corrosão, ao desgaste e a temperaturas. O controle do processo de corrosão tem sido amplamente estudado ao longo dos anos por vários pesquisadores, devido ao maior uso de equipamentos e estruturas baseadas em materiais metálicos. Um dos métodos de inibir a corrosão é o uso de revestimentos orgânicos por pintura. O pré-tratamento e/ou preparação da superfície é uma das etapas de maior importância na obtenção de um desempenho satisfatório dos revestimentos por pintura. O processo mecânico de jateamento com granalhas de aço carbono sobre a superfície de peças também conhecido como shot peening é o procedimento mais completo para remoção de óxidos. Apresenta resultados eficazes tanto em rendimento como rapidez e principalmente em qualidade de limpeza. O jateamento além de deixar a superfície limpa do metal, também produz nela uma rugosidade do substrato bastante propícia para uma melhor ?ancoragem?, aderência do primer ou primeira demão de tinta. Antes de realizar o processo de pintura nas peças, o pré-tratamento químico também é essencial para depositar na superfície do substrato uma camada de conversão. Essa etapa também proporciona uma maior aderência da tinta, aumentando a resistência à corrosão e ao empolamento. Os revestimentos por pintura devem ser capazes de formar uma barreira para romper a conexão metal-eletrólito a fim de retardar a reação de corrosão do substrato metálico. Na durabilidade dos revestimentos por pintura, tem-se como uma propriedade essencial a aderência da tinta. Neste contexto, este presente trabalho tem por objetivo avaliar a influência do pré-tratamento mecânico de jateamento na resistência anticorrosiva de um processo de pintura e-coat e top-coat. As amostras foram submetidas aos seguintes testes: rugosidade, aderência, brilho, espessura da camada de tinta, névoa salina, flexibilidade, microscopia eletrônica de varredura por emissão de campo (MEV-FEG) e espectroscopia por dispersão em energia (EDS). Dentre as velocidades do transportador processadas pelo processo de jateamento (3000 mm/min, 2000 mm/min e 1000 mm/min), estudadas percebeu-se que as velocidades de 1000 mm/min e 2000 mm/min apresentaram os melhores resultados quanto à resistência à corrosão, pois o perfil de rugosidade gerado promoveu a ancoragem ideal para uma boa proteção contra a corrosão. O tempo de exposição do substrato em frente às turbinas de jateamento e a preparação do substrato antes do recebimento da tinta tem influência direta no resultado final do produto. Os demais ensaios realizados neste trabalho corroboram com os resultados obtidos nos testes de resistência à corrosão. [resumo fornecido pelo autor]