O significativo crescimento nos casos de doenças crônicas no Brasil e no mundo tornaram a categoria motivo de preocupação global devido ao seu impacto na morbimortalidade e nos custos decorrentes de assistência médica. As doenças crônicas são responsáveis por cerca de 71% de todas as mortes no mundo, estima-se 41 milhões de mortes anuais. Desses óbitos, 15 milhões em pessoas entre 30 e 69 anos de idade. Em abrangência nacional estas doenças não representam apenas a primeira causa de mortalidade, mas, também, de hospitalização. Todo o processo de adoecimento pode ser extremamente mobilizador e somado a condição de internação hospitalar, o paciente pode facilmente desencadear reações psíquicas e comportamentais específicas em sua subjetividade, proveniente da relação que este estabelece com a doença/tratamento/hospitalização. Nos últimos anos o trabalho do psicólogo tem recebido importante reconhecimento na promoção de saúde e melhoria da qualidade de vida das pessoas vinculadas a instituições hospitalares, na qual envolve ações de prevenções, ações educativas e a própria intervenção. É neste sentido que o objetivo geral deste trabalho busca identificar os desafios e possíveis contribuições da Psicologia Hospitalar no tratamento de pacientes com doenças crônicas. Enquanto por objetivos específicos: caracterizar doenças crônicas; caracterizar aspectos psicológicos de pessoas vivendo com doenças crônicas em situação de hospitalização; apresentar um panorama histórico da Psicologia Hospitalar e; identificar atribuições do psicólogo no contexto hospitalar. A pesquisa apresenta um delineamento qualitativo caracterizado em natureza exploratório-descritivo. Os materiais utilizados como fontes foram livros encontrados na biblioteca da Universidade de Caxias do sul - BICE, e no acervo pessoal do pesquisador, entre o período de 1996 a 2019. Também foram utilizados artigos científicos, resgatados das bases de dados: Google Acadêmico, SciELO (Scientific Eletronic Library On-line), PePSIC, BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), Bireme, Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar (SBPH). Bem como a análise de documentos do CRP e CFP. O período de busca para as fontes citadas foi de 2005 a 2019. Os descritores utilizados como critérios para a pesquisa incluíram combinações entre psicologia hospitalar, psicólogo, equipe multiprofissional e doenças crônicas. Para análise detalhada e delimitação do material coletado no processo de levantamento bibliográfica, como instrumento, propôs-se a coleta e tabulação dos apontamentos seguindo o modelo de "ficha de apontamentos". Foi realizada com base na síntese integradora. A análise dos dados indicou a relevância do papel humanizador do psicólogo no contexto hospitalar cujas contribuições na assistência ao paciente crônico pode alcançar as diversas áreas do hospital. Tais contribuições compreendem aspectos de cuidado ao paciente desde o momento diagnóstico, interventivo, até em estágio de alta hospitalar ou mesmo envolvido em equipes de cuidados paliativos, sua atuação abrange não só o paciente, mas também familiares e equipe multiprofissional. [resumo fornecido pelo autor]