Análise craniométrica da predição sexual em uma subpopulação brasileira: um estudo retrospectivo longitudinal
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Data
2020-12-24Autor
Cornelius, Caroline
Orientador
Gamba, Thiago de Oliveira
Metadata
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O presente estudo tem como objetivo analisar por meio de imagens de Tomografia Computadorizada de Feixes Cônicos (TCFC), as medidas craniométricas nos seios maxilares (SMs) e abertura piriforme (AP) com capacidade de predição sexual em uma subpopulação brasileira, encontrando ainda possíveis correlações que possam existir entre estas mensurações e o tamanho do óstio do seio maxilar (OSM). Para isto, foram selecionadas 102 imagens de TCFC (59 do sexo feminino e 43 do sexo masculino), incluindo pacientes entre 20 e 60 anos, divididos em 4 grupos por faixa etária: 20-30 anos (33 pacientes), 31-40 anos (19 pacientes), 41-50 anos (23 pacientes) e 51-60 anos (27 pacientes). As mensurações foram realizadas por 2 examinadores, com um total de 11 medidas analisadas por paciente, sendo 7 nos SMs (altura, largura, comprimento de cada seio maxilar e ainda largura total ao longo dos SMs), 2 na AP (altura e largura) e 2 no OSM (diâmetro de cada óstio). A análise intra e interexaminador foi realizada utilizando o teste de coeficiente de correlação intraclasse ICC (Intra-class correlation coefficient). O teste das medidas úteis para predição sexual foi realizado pelo teste de análise de variância (ANOVA One way), que revelou também os valores médios e desvio padrão para cada medida no sexo feminino e masculino. O grau de correlação entre as variáveis estudadas foi obtido pela correlação de Pearson, identificando ainda aquelas com diferenças estatísticas significativas. Como resultados, com o teste ICC, verificou-se que a análise intraexaminador para o avaliador 1 foi de 0,97, para o avaliador 2 foi de 0,85 e a análise interexaminador entre os avaliadores 1 e 2 foi de 0,92. As medidas com diferenças estatísticas entre os sexos foram num total de 7 e as correlações encontradas com diferenças estatísticas foram 4 no sexo masculino e 6 na análise geral. No sexo feminino nenhuma correlação foi encontrada. Desta forma, concluiu-se que todas as mensurações nos SMs e AP são úteis para diferenciação sexual na subpopulação brasileira estudada, exceto a largura do seio maxilar esquerdo e a largura da abertura piriforme. Além disto, as correlações significativas encontradas no sexo masculino foram: altura, largura e comprimento do seio maxilar direito, mais o comprimento do seio maxilar esquerdo correlação positiva com a altura da abertura piriforme. Na análise total: altura, largura e comprimento do seio maxilar direito, altura e comprimento do seio maxilar esquerdo e largura total ao longo dos seios maxilares correlação positiva com a altura da abertura piriforme. Assim sendo, como no presente estudo, as TCFC podem ser utilizadas para auxiliar nas investigações e análises forenses, sendo importante a realização de mais estudos como este em diferentes populações, visto que as características craniométricas se alteram. [resumo fornecido pelo autor]