A atuação do psicólogo com pacientes com Transtorno do Espectro Autista em cidades de pequeno porte da Serra Gaúcha
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Data
2021-12-11Autor
Fetter, Rafael
Orientador
Bisol, Cláudia Alquati
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O último número divulgado pelo órgão norte-americano CDC de casos de Transtorno do Espectro Autista (TEA) dá conta de 1 para cada 54 nascimentos, demonstrando um aumento percebido a cada ano. Esse aumento se dá devido a fatores como a adoção da ideia de um espectro autista, ampliando, assim, os critérios diagnósticos, profissionais mais preparados e melhores ferramentas para o diagnóstico do transtorno. Tem-se, portanto, um aumento de casos que provoca, por consequência, aumento da necessidade de atendimento no Sistema de Saúde Mental do país e maior participação de psicólogos que trabalham nesses locais no tratamento desses sujeitos. Esse estudo tem como objetivo geral compreender como é a atuação de psicólogos com esses pacientes no contexto de quatro municípios de pequeno porte da Serra Gaúcha. Para isso, foram contextualizados os locais de atendimento e a ação do psicólogo com esses pacientes. O aporte teórico traz uma perspectiva histórica do TEA, além de paradigmas atuais e intervenções utilizadas para o transtorno. Também apresenta a criação dos CAPS como dispositivos de prestação de Saúde Mental e as políticas públicas relacionadas ao paciente com TEA. A pesquisa consiste em um estudo qualitativo de natureza exploratória, caracterizado como estudo de casos múltiplos, composto por entrevistas semiestruturadas e visitas aos locais de atendimentos. Foram entrevistados gestores da Saúde Mental dos municípios estudados e profissionais que participam do tratamento desses pacientes. Os dados obtidos foram apurados através da análise de conteúdo de Bardin (2016) e divididos em categorias que abarcam questões estruturais dos locais, elementos do tratamento desses pacientes e os desafios presentes nesses atendimentos. Esse contato com a realidade dos sistemas de Saúde Mental e dos profissionais que neles atuam trouxe para uma dimensão mais palpável a atuação do psicólogo em cidades de pequeno porte, as ferramentas utilizadas por esses profissionais, o papel essencial da família e a importância da Psicoeducação. A pesquisa também demonstrou municípios com estrutura adequada para o atendimento, com salas específicas e papel central do psicólogo no tratamento desses pacientes, além das adequações para lidar com os desafios da Pandemia. A partir desse corpo de dados, foi possível propor material de apoio, que será disponibilizado de maneira virtual, visando a auxiliar os profissionais que trabalham com esse público. [resumo fornecido pelo autor]