O objetivo desse trabalho é identificar quais são os recursos e critérios necessários no estabelecimento de um agronegócio voltado para a Meliponicultura, segundo a vivência de alguns produtores. O método utilizado é o de pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, com base na realização de entrevistas a sete meliponicultores distribuídos na região da Serra Gaúcha, a fim de obter conhecimento acerca da meliponicultora pelos relatos de pessoas que estão envolvidas com a criação de abelhas sem ferrão. Desta forma, utilizou-se um guia de entrevista semiestruturado contendo 18 perguntas que, devido à pandemia da Covid-19, foi aplicado de forma virtual, utilizando a ferramenta de mensagens instantâneas WhatsApp. Com a aplicação da pesquisa percebeu-se que os meliponicultores criam abelhas nativas como hobby, e as vendas realizadas acontecem de forma informal, sem periodicidade e o valor recebido por essas vendas não influencia na renda mensal. O modelo de caixa utilizado é direcionado ao melhor desenvolvimento da espécie. O investimento necessário é muito variável, de R$ 200,00 a R$ 20.000,00, e depende de fatores como, tipo de espécie, forma de obtenção da colônia e tempo de manejo. As vantagens, percebidas pelos meliponicultores, são a conservação da espécie e o mel diferenciado, já as dificuldades são a baixa produção de mel, o desconhecimento do público consumidor e a conservação do mel, que deve ser mantido refrigerado ou submetido a tratamento térmico, devido à alta concentração de umidade. [resumo fornecido pelo autor]