O turismo no espaço rural como atividade complementar de geração de renda e ocupação não agrícola no COREDE das Hortênsias do Estado do Rio Grande do Sul
Mostra/ Apri
Data
2015-10-29Autore
Souza, Rafael Lima de
Orientador
Santos, Eurico de Oliveira
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Como resultado das grandes mudanças ocorridas no meio rural nas últimas décadas, fez-se necessária a inserção de atividades não agrícolas como alternativa para a renda das famílias que residem no campo, e uma dessas atividades é o Turismo. Este tipo de Turismo, além de permitir uma interação do homem urbano e o meio ambiente rural em pequenas e médias propriedades rurais, em diversas partes do mundo, permite que famílias rurais aumentem seus rendimentos e diversifiquem suas atividades. Partindo dessa lógica, foi realizado um estudo acerca do turismo no espaço rural no Conselho Regional de Desenvolvimento (COREDE) das Hortênsias, no Rio Grande do Sul, Brasil. Essa pesquisa foi dividida em duas fases, sendo a primeira de caráter exploratório e bibliográfico, quando se realizou o levantamento do número das propriedades rurais ativas em relação à atividade turística, credenciadas na Secretaria Estadual de Turismo do Rio Grande do Sul. Na segunda etapa, realizou-se um censo nas propriedades, para aplicação de um questionário, com perguntas abertas e fechadas. Foram visitadas 10 propriedades rurais em novembro de 2014. O objetivo deste estudo foi verificar se o turismo no espaço rural pode ser considerado atividade complementar de geração de renda e ocupação não agrícola na região, diferenciar as propriedades rurais que praticam agroturismo das que praticam o turismo rural, bem como estabelecer o perfil da geração de emprego e renda nos setores primário e terciário no COREDE e avaliar em qual estágio se encontra a comunidade receptora ativa com relação à atividade turística no espaço rural desenvolvida em suas propriedades. Entre os resultados apresentados, foi identificado que a atividade turística aumentou significativamente a renda das famílias, que o Turismo Rural é o mais praticado na região, em 80% das propriedades visitadas. Os empregos gerados pelo turismo, em sua maioria, são temporários e a atividade se encontra na fase de “envolvimento”, segundo modelo teórico apresentado por Butler (1980).