Relação das capacidades dinâmicas, inovação social e o desempenho organizacional na cadeia vitivinícola da Região da Serra gaúcha
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Data
2016-07-22Autor
Menegotto, Margarete Luisa Arbugeri
Orientador
Camargo, Maria Emilia
Metadata
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As alterações ocorridas mundialmente, juntamente à crescente competitividade entre as organizações, a elevação da quantidade de informações e a maior velocidade com que elas são transmitidas são fatores que influenciam na maneira das organizações gerirem suas atividades. Neste cenário, percebem-se movimentos entre as organizações no sentido de evidenciarem os relacionamentos como fator competitivo. Com base na revisão da literatura sobre os temas de inovação social, capacidades dinâmicas e desempenho organizacional em periódicos de impacto, nas áreas de administração, economia e contabilidade, definiu-se o objetivo desta tese: identificar a influência das capacidades dinâmicas, inovação social no desempenho organizacional. Para tanto, foram utilizadas pesquisa quali-quantitativa, de caráter exploratório e descritivo e com levantamento do tipo survey, com um corte transversal. A população é formada pelos atores componentes dos elos da cadeia vitivinícola da região metropolitana da serra gaúcha. A coleta de dados para a fase qualitativa foi através de entrevistas semiestruturadas e para a fase quantitativa foi por meio de um questionário disponibilizado eletronicamente via Google Doc’s®., bem como aplicado pessoalmente. Os dados foram tratados através da análise de conteúdo e mediante estatística univariada e multivariada, por meio dos programas estatísticos ATLAS-Ti, SPSS20 e AMOS. Do ponto de vista científico, esta tese fornece subsídios para a compreensão da relação das capacidades dinâmicas, da inovação social e do desempenho da cadeia produtiva vitivinícola na região metropolitana da Serra Gaúcha. Obteve-se como principais achados que, na cadeia produtiva vitivinícola, observa-se que as inovações sociais, como exemplo as resultantes das inovações dos subprodutos (indústria de cosméticos, a indústria farmacêutica) e a inovação interrelacionadas com outras cadeias, as parcerias, as reconfigurações (enoturismo), conduzem ao bem-estar de uma população local, mas também expande as fronteiras. Os resultados impactam no desempenho individual, organizacional e regional, agregando valor econômico-financeiro e social. Além das habilidades, competências e conhecimento, de acordo com Balestro (2002, p. 45), a confiança pode contribuir para a formação de estratégias coletivas, facilitar coordenação de atividades econômicas, promover a troca aberta de informações e a aprendizagem organizacional. Na abordagem dimensão da IS pode-se constatar que os atores da cadeia produtiva vitivinícola encontram-se direcionados aos objetivos de mudanças, pela necessidade de competitividade e de mercado, mas também pela necessidade de melhoria de qualidade de vida tanto na produção de matéria prima, do produto, bem como do consumo dos clientes finais. Pode-se citar como exemplo a reconfiguração do plantio das videiras para a utilização dos equipamentos mecanizados; a utilização de chips nas videiras para o controle da umidade e pragas, resultando uma menor utilização de insumos; a formulação de produtos orgânicos para atender a uma demanda de clientela, como também a produção de sucos sem açúcares para os clientes diabéticos. Neste estudo, observou-se que a confiança e a cooperação são variáveis que devem ser medidas, pois as mesmas são chave para crescimento e evolução da cadeia bem como a sustentabilidade e perpetuidade da mesma. Recomenda-se replicar esta pesquisa em outras regiões vitivinícolas do país, assim como no velho e novo mundo do vinho para ampliar a amostra e resultar na melhoria do modelo estrutural.