Utilização da compostagem de resíduos sólidos urbanos no Brasil : avaliação dos problemas ocorridos no passado e considerações para projetos futuros
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Data
2016-11-23Autor
Caprara, Patrícia Tomedi
Orientador
Reichert, Geraldo Antônio
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O Brasil está entre os 10 países no mundo que mais desperdiça alimentos. Esta situação aliada ao crescimento econômico e a falta de iniciativas dos gestores em buscar soluções para a gestão dos serviços públicos municipais de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, faz com que o sistema de tratamento de resíduos fique esquecido. No Brasil mais de 50% da composição dos resíduos sólidos urbanos gerados é de resíduo orgânico biodegradável suscetível a compostagem. As unidades de triagem e compostagem no Brasil deveriam apresentar um processo de tratamento eficaz aos resíduos, especialmente ao resíduo orgânico, transformando-o em composto e reduzindo a quantidade de resíduos que é enviada a aterros sanitários. Mas o que se observa é o oposto disso, material reciclável sendo erroneamente disposto em aterros sanitários sem uma prévia separação e tratamento. Observa-se que no Brasil a compostagem ainda é pouco utilizada, e busca-se saber porque esse sistema de tratamento ainda tem pouca credibilidade, não só por parte dos gestores, mas também da população. Há a hipótese de que devido a erros de projetos e concepções sofridas no passado o descrédito em relação a estas unidades ainda esteja presente, e por essa razão os gestores acreditem que o sistema é falho. Em outro momento sabe-se que as tecnologias e estudos avançaram muito ao longo dos anos, e há de certa forma a ocorrência de outros motivos que façam com que as unidades de triagem e compostagem no Brasil não tenham o sucesso esperado. Busca-se através dessa pesquisa descobrir o porquê estas unidades não conseguem alcançar seus objetivos completamente ou até mesmo manter-se em atividade. Foi feito o levantamento da situação atual das unidades de triagem e compostagem em diversas regiões do Brasil. Análises críticas a partir da avaliação de dados estruturais e operacionais obtidos por meio da opinião de diversos especialistas, técnicos e operadores da área de resíduos sólidos, constatando as medidas cabíveis para propor melhores alternativas e melhorias para unidades de compostagem e para a implantação de novas unidades no futuro.