Estudo das correlações entre tensões residuais em tubos de aço e falhas em usinagens subsequentes
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Autor
Maschio, Gabriel
Orientador
Gerhardt, Gunther Johannes Lewczuk
Metadata
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Tensões residuais estão presentes em praticamente todas as peças rígidas. Em muitos casos, elas são percebidas após operações de usinagem, onde a remoção de uma quantidade de material pode causar a reorganização ou o alívio destas tensões. Em alguns casos, isso resulta em deformações irreversíveis ao componente usinado. Tubos de aço sem costura, fabricados pelo processo de laminação a quente, e submetidos aos tratamentos térmicos de têmpera e revenimento, podem apresentar tensões residuais, as quais têm potencial de afetar a usinagem de peças ou componentes fabricados a partir desses tubos, especialmente quando a peça usinada apresenta geometrias esbeltas, com espessuras de paredes delgadas, ou cortes e seccionamentos. Neste trabalho foram estudadas as possíveis correlações entre tensões residuais presentes nestes tubos e deformações sofridas por peças cilíndricas com paredes delgadas após a usinagem. Para isso foram fabricadas dez amostras, as quais foram divididas dois grupos, sendo um deles submetido ao tratamento térmico de alívio de tensões antes da usinagem das peças. Isso resultou em vinte e cinco peças em forma de anel em cada grupo, onde foram aplicadas técnicas não destrutivas e medições manuais. A técnica do ruído Barkhausen foi utilizada com o intuito de identificar interferências das tensões residuais dos tubos nas deformações dos anéis. Foram identificadas algumas correlações entre os valores obtidos nas medições deste ruído com as dimensões finais apresentadas pelas peças. Concluiu-se também que as tensões residuais presentes nos tubos podem não ser as principais causadoras das deformações sofridas pelas peças após a usinagem, e que o alívio de tensões realizado antes da usinagem não foi capaz de evitar essas deformações (sic).