A educação ambiental como instrumento de transformação ética e como possibilidade de direcionamento de consumo
Date
2014-05-15Author
Batista, Ildemar
Orientador
Silveira, Clóvis Eduardo Malinverni da
Metadata
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A sociedade contemporânea esta vivenciando uma crise ambiental iniciada desde o final da
idade moderna e resultado do modelo econômico seguido (capitalismo), que, em pese ter
servido de mola propulsora do desenvolvimento tecnológico e científico, acarretou a
degradação ambiental, fazendo surgir movimentos ambientalistas. Um dos fatores que inspira
cuidados é a nova concepção das relações sociais, denominada pós-modernidade, segundo a
qual o que interessa é o presente, absorvendo o máximo de recursos disponível no momento
sem se preocupar com as consequências futuras. Verifica-se também que há uma relutância à
aceitação voluntária das normas relativas ao meio ambiente pela sociedade, revelando um
descompasso entre o mundo dos fatos com o mundo jurídico, o que se traduz na inefetividade
das normas ambientais. Importante considerar o problema do consumo desenfreado que,
aliado à produção de bens, é um dos pilares do sistema capitalista. Contudo, verifica-se que a
verdadeira essência do capitalismo está em servir de acesso ao poder econômico, ou seja, a
sociedade segue as regras ditadas pelo sistema capitalista porque almeja o poder. Então a
questão crucial é encontrar uma maneira de trabalhar dentro da própria lógica do sistema
capitalista, invertendo a situação desfavorável ao meio ambiente. Um dos instrumentos
capazes de alcançar êxito nessa empresa é a educação ambiental. Fazendo um resgate
histórico, numa perspectiva constitucional, a educação vem evoluindo ao longo da história do
Brasil, sendo considerada como direito e garantia fundamental. A legislação de educação
ambiental nacional, comparada à legislação da Argentina, mostra-se bem mais estruturada,
tendo sido positivada a Política Nacional de Educação Ambiental. A educação ambiental é um
instrumento de transformação ética, no sentido de mudança de paradigmas, considerando o
homem como parte da natureza, mas sem negar a racionalidade que o diferencia dos outros
seres vivos. A educação ambiental, modificando a forma com que a sociedade vê a natureza,
por consequência natural, altera a forma de consumo, direcionando o mercado e o próprio
sistema capitalista a produzirem bens de consumo que não agridam o meio ambiente,
contribuindo para um meio ambiente ecologicamente equilibrado.
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