As raízes da crise ambiental : uma leitura a partir da dialética do esclarecimento
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Data
2017-04-25Autor
Rech, Moisés João
Orientador
Marin, Jeferson Dytz
Metadata
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A crise ambiental é um dos fenômenos de maior impacto social da contemporaneidade, e diante de sua dimensão emergiram diversas instituições políticas e sociais com o objetivo de contornar e superar as dificuldades impostas pela problemática ambiental. Em virtude desse quadro a presente dissertação busca investigar as origens da crise ambiental a partir da matriz teórica da primeira geração da Escola de Frankfurt – especificamente a partir da obra Dialética do esclarecimento de Theodor W. Adorno e Max Horkheimer. A escolha da perspectiva da Teoria Crítica leva em consideração uma posição holista e interdisciplinar que busca, em última instância, transcender a estreita visão dos institutos do Direito Ambiental como sendo os únicos instrumentos – para além do mercado verde – de mediação da relação entre homem e natureza. Destarte, o desenvolvimento de uma perspectiva filosófica a respeito das origens da crise ambiental contribui para se tomar consciência dos reais agentes causadores da crise e, por consequência, desenvolver instrumentos mais efetivos no seu controle. Para tanto, a metodologia adotada elegeu a pesquisa qualitativa, e como procedimento a revisão bibliográfica da obra Dialética do esclarecimento; além de uma ampla gama de comentadores e pesquisadores da área ambiental e jurídica. A pesquisa confirmou a hipótese de que a origem da crise ambiental repousa em uma crise epistemológica – originária do próprio medo do homem por toda alteridade e pelo princípio da identidade, que se cristaliza como razão instrumental. É em vista disso que o Direito Ambiental é redimensionado como um instrumento que, embora tenha vital importância para a regulação ambiental, não é em si suficiente para controlar a crise nem mesmo eliminá-la; o que necessitaria de uma revisão das próprias bases do pensamento esclarecido.