A ética do cuidado de si na construção da identidade de gênero
Visualizar/ Abrir
Data
2017-07-03Autor
Carvalho, Alan Silva
Orientador
Farias, André Brayner de
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O tema da sexualidade sempre esteve presente nas estruturas hierárquicas sociais, basta recorrer à história para encontrar evidências da relevância que este tema ocupou e ainda ocupa, mostrando-se como um objeto de disputa e de controle, seja individual ou socialmente. São incomensuráveis as questões que perpassam pela sexualidade humana, na qual se articulam inúmeras categorias, tais como: desejo, valores, crenças, pertença, reconhecimento; todas essas categorias em maior ou menor grau forjam aquilo que se entende por identidade. Política e história balizam e ajudam a formar os significados identitários que regulam as interações no âmbito social e institucional, no entanto, o debate oriundo deste processo está constantemente em transformação, isso reforça a necessidade de discutir não só a sexualidade, mas também a ideia de identidade de gênero, não como meros fenômenos ou de forma isolada, mas a partir da politização da sexualidade. A discussão acerca da identidade de gênero, tornou-se um fenômeno cada vez mais recorrente no seio das discussões sociais, discussões essas permeadas por questões que apontam para um horizonte de reformulação conceitual. A partir dos estudos realizados por Michel Foucault, sobre a História da Sexualidade procurar-se-á analisar as instâncias que circundam e balizam a construção do gênero, bem como da identidade social. Apoiar-se-á no conceito de biopoder para traçar um paralelo entre o conceito de gênero e tudo aquilo que o faz ser socialmente aceito ou não. Tal tentativa visa entender o feminino e masculino, a fim de buscar compreender aquelas manifestações da sexualidade que não se encaixam nestes dois conceitos enquanto identidade de gênero, com vistas ao vislumbramento de uma identidade livre de classificação.