Dança circular e hospitalidade : um corpo que se expressa e acolhe com amorosidade
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Data
2018-03-05Autor
Ávila, Newton Fernandes de
Orientador
Baptista, Maria Luiza Cardinale
Metadata
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Esta pesquisa propõe a dança circular, como expressão de vínculos de acolhimento e amorosidade, em condições de oferecer sinalizadores para a hospitalidade. Tem como objetivos específicos: apresentar a dança circular num contexto relacional entre os sujeitos; relacionar os conceitos de acolhimento e amorosidade à dança circular; identificar sinalizadores de hospitalidade, nos vínculos marcados pelo acolhimento e amorosidade, em decorrência da dança circular. Em termos teóricos, é transdisciplinar, envolve estudos sobre dança circular, corpo, hospitalidade, acolhimento e amorosidade. A Cartografia de Saberes, proposta por Baptista, é a orientação metodológica para a produção deste estudo, com realização das trilhas de saberes pessoais, saberes teóricos e a usina de produção. Foram realizadas aproximações investigativas, com levantamento bibliográfico, desenvolvimento de intervenções de dança em diversos ambientes e observação do corpo participante. Nas ações práticas, observação direta, observação participante, rodas de conversa, relatos de vivências e experimentação com desenvolvimento da dança circular. Os resultados indicaram que o desenvolvimento da dança circular, em diversos ambientes, proporcionou, aos sujeitos participantes, sensação de bem-estar, laços de proximidade, acolhimento e amorosidade. A dança circular é uma forma de integrar o corpo e sua expressividade, em situação de comunicação e expressão. É capaz de acionar o pensamento e explorar a criatividade, para improvisar e, ao mesmo tempo, estabelecer a conexão de troca com este ‘outro’, o desconhecido. Trata-se de prática cooperativa, envolvendo uma nova-velha forma de lidar com as relações humanas em equipes de trabalho e no cotidiano, certamente como faziam nossos ancestrais. Proporciona sensação de pertencimento e provoca soltura nos corpos, relaxamento e relação-convívio. Há ampliação do bem-estar físico, mental, emocional, energético e social, no processo que costura as relações interpessoais. Ao tocar e ser tocado na dança circular, há a inserção da permissão de envolvimento, fluidez necessária para a constituição das emoções, do acolhimento e da amorosidade, que, por sua vez, terá resultados diferenciados, gerando condições de hospitalidade