Manejo da área foliar na qualidade da uva e características sensoriais do vinho cv.Chardonnay (Vitis vinifera L.) cultivada na Serra Gaúcha
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Data
2018-05-23Autor
Romagna, Antonio Luis
Orientador
Pauletti, Gabriel Fernandes
Metadata
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O Estado do Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional de uvas, vinhos e derivados. Na Serra Gaúcha se destaca o município de Bento Gonçalves como um dos maiores produtores. A cultivar Chardonnay é a principal uva entre as brancas na elaboração de vinho varietal e vinho base espumante. O manejo do dossel vegetativo dos vinhedos assume uma grande importância quando se visa favorecer a qualidade da uva e do vinho. A pesquisa pode contribuir para o aprimoramento de técnicas de produção visando essa melhoria. O objetivo deste estudo foi avaliar as características produtiva, a qualidade físico-química da uva e as características sensoriais dos vinhos da cultivar Chardonnay, sob o efeito de diferentes níveis de área foliar, em um vinhedo localizado no município de Bento Gonçalves, durante os ciclos 2014-2015 e 2015-2016. Foram avaliadas plantas de um vinhedo experimental, implantado em 2002, conduzido em sistema espaldeira a uma altitude de 533 m. Os tratamentos foram: T1 - área foliar de 0,8m² Kg-¹ de uva; T2 - área foliar de 1,0m² Kg-¹ de uva; T3 – área foliar de 1,20 m² Kg-¹ de uva; T4 –área foliar de 1,40m² Kg-¹ de uva. A colheita ocorreu na segunda quinzena de janeiro em ambas as safras. As variáveis massa do sarmento e produção planta-¹ foram avaliadas para estimar o equilíbrio entre área foliar e massa de frutos. Foram coletadas amostras de 18 Kg de uvas para microvinificação no ciclo 2014-2015 e posterior análise sensorial dos vinhos sendo realizadas por julgadores experientes. Os resultados indicaram que as plantas com área foliar de 0,8 m2Kg-1 de uva, apresentaram um melhor equilíbrio entre área foliar e produção de uva. As diferentes áreas foliares estudadas não interferiram no teor de Sólidos Solúveis no ciclo 2014-2015, bem como não interferiram na Acidez Titulável do mosto nos dois ciclos estudados. Para o aspecto acidez e corpo/estrutura foram os atributos sensoriais que melhor destacaram as diferenças entre os tratamentos. Os diferentes manejos de área foliar não interferiram na avaliação global dos vinhos.