Dimensão relacional da aprendizagem : construções teóricas na interface educação e psicologia
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Data
2014-05-30Autor
Perazzolo, Olga Araujo
Orientador
Stecanela, Nilda
Metadata
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O trabalho busca desenvolver considerações teóricas acerca das dimensões relacionais
da aprendizagem, através de uma abordagem metodológica qualitativa, de natureza dialética,
adotando estratégia comparativa de quadros opostos para a disposição relacional: a deficiência
mental (especialmente a síndrome de Down) e a psicose (em particular o autismo). Foram
sintetizados os dados colhidos por meio de levantamento bibliográfico e fontes disponíveis
em meio eletrônico, de ambos os quadros, no que se refere a aspectos definitórios, etiológicos,
classificatórios e educativos. Como resultado da reflexão dialética, apresentou-se a proposição
de que a capacidade para o estabelecimento de relações confere ao portador de deficiência
mental as condições primárias e essenciais para a aprendizagem, e as dificuldades que
marcam o funcionamento autista obstruem o trajeto que viabiliza o aprender, corroborando a
premissa da imprescindibilidade relacional. A psicose, em geral, seria uma patologia do não
aprender. Nesse sentido a tarefa precípua de todos os que cumprem uma função educativa
junto ao sujeito com autismo é a de construir pontes relacionais que permitam o transito
gerador de saberes, afetos, pensamentos, viabilizando seu trajeto pela aprendizagem e
transformação. Para a leitura do fenômeno na perspectiva microrrelacional, foram adotados
conceitos de Wilfred Bion, de forma a explicitar a natureza do processo no universo
pedagógico, na relação professor-aluno, ratificando a importância de que os esforços no
processo de educação de pessoas com autismo sejam focadas as dimensões potencializadoras
da competência relacional.