Avaliação externa de rendimento escolar : um instrumento para a gestão pedagógica
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Data
2014-06-02Autor
Vergani, Flávia Melice
Orientador
Paviani, Neires Maria Soldatelli
Metadata
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O presente estudo parte do entendimento de que a avaliação externa é um instrumento da gestão escolar que implica não só a conscientização dos envolvidos acerca dos resultados mas também a forma como a gestão escolar conduz o planejamento de ações pedagógicas utilizando esse instrumento como diagnóstico. Diante desse entendimento, este trabalho objetivou verificar as implicações da avaliação externa de rendimento escolar na gestão pedagógica em nível de escola. Apresentamos a experiência de implantação e implementação da avaliação externa do SAERS (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul) nas escolas municipais de Caxias do Sul. A análise descritiva consistiu em mostrar: como os diretores das unidades de ensino, aqui pesquisados, planejaram ações pedagógicas a partir do desempenho constatado em prova objetiva de Língua Portuguesa (Leitura) da 5ª série ou 6º ano no SAERS de 2005 e se essas repercutiram no desempenho da escola consoante avaliação do SAERS de 2007. Valemos-nos de alguns autores como Luckesi (1995 e 2001), Hoffmann (2001, 2007 e 2008), Vasconcellos (1994 e 2006), PCNs (1998) e Perrenoud (1999) para glosar a abordagem a partir do enfoque qualitativo da avaliação, mais precisamente no diagnóstico. Com vistas à consecução dos objetivos desta pesquisa, adotamos as seguintes decisões metodológicas: análise de documentos oficiais, como instrumentos e relatórios do SAERS; aplicação de um questionário a dez diretores das escolas municipais de Ensino Fundamental com melhor desempenho na prova de Língua Portuguesa no SAERS de 2005; e análise dos dados, comparando-os com os resultados dessa mesma amostra na prova de Língua Portuguesa de 2007. A investigação apontou para a corroboração da hipótese de que os resultados do SAERS não foram devidamente aproveitados pelos gestores das escolas para o planejamento, que promovessem efetivamente a melhoria da qualidade do desempenho dos alunos. Prova disso, é que do universo das escolas analisadas, 70% das escolas avaliadas satisfatoriamente em 2005, obtiveram desempenho abaixo do esperado, em 2007.