O que ensinar a quem já ensina em aula de língua estrangeira? : uma proposta pedagógica para ensino de línguas estrangeiras a alunos adultos
Visualizar/ Abrir
Data
2014-06-03Autor
Basso, Elsa Mónica Bonito
Orientador
Paviani, Neires Maria Soldatelli
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Este trabalho tem como objetivo pesquisar o que ensinar, em aula de língua estrangeira, a
alunos adultos, de mais de cinquenta anos de idade que, em virtude de sua experiência de
vida, muitas vezes, têm mais a ensinar que a aprender. O estudo está vinculado ao Programa
de Pós-graduação em Educação, da Universidade de Caxias do Sul- Mestrado em Educação-,
dentro da linha de pesquisa “Educação, Linguagem e Tecnologia” e vincula-se, também, ao
projeto de pesquisa “Aspectos da formação leitora e sua repercussão na relação entre
profissional eficiente e leitura (TEAR 5)”, desenvolvido na Universidade de Caxias do Sul.
Os procedimentos metodológicos utilizados incluíram um instrumento de pesquisa que
consistiu num questionário, com a inclusão de um relato de experiências, do qual foi feita uma
análise textual discursiva (Bardin e Moraes), juntamente com uma análise dialética dos
aspectos levantados. Percebe-se que o conteúdo das aulas de língua estrangeira para adultos
maiores precisa ser reformulado, a fim de torná-lo significativo. Com base na pesquisa
realizada, destacam-se os aspectos: subjetividade e expressão de sentimentos, o que leva a
sugerir um “novo” elemento a ser incluído no ensino de língua estrangeira para essa faixa
etária: a estética, entendida como uma possibilidade de entender o mundo de outra maneira. O
elemento estético, trabalhado por Bense, Ostrower, Hermann, Paviani, vem acompanhado do
processo reflexivo no ato de aprender, como forma de atingir a autonomia no
desenvolvimento cognitivo do indivíduo histórico (conceito apresentado por Hegel).
Relacionando a ética com a estética, a arte e a vida, compõe-se uma proposta que recorre,
também, aos usos do texto e da língua na perspectiva de Vygotsky e Bakhtin, como forma de
fazer com que o aluno dialogue consigo mesmo, com o outro e com o mundo. O estudo
mostra que o aluno, no momento em que consegue estabelecer esse diálogo, aprende,
interagindo e construindo sua subjetividade. Dessa forma, este estudo apresenta sugestões de
incluir elementos estéticos nos programas de ensino de língua estrangeira para alunos adultos
maiores e de continuar pesquisando se esses elementos são relevantes, também, para outras
áreas do ensino e da aprendizagem nessa faixa etária.