Eficiência de ensaios ecotoxicológicos na detecção de toxicidade em efluentes de refinaria de petróleo
Fecha
2014-06-04Autor
Maffazzioli, Taísa Fedrizzi
Orientador
Lanzer, Rosane Maria
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Uma das principais fontes de poluição dos recursos hídricos são os efluentes líquidos industriais. Dentre esses, destacam-se os efluentes de refinaria de petróleo, pois geram efluentes bastante complexos e de difícil tratabilidade. Desta forma, evidencia-se a necessidade de monitoramento contínuo da qualidade desses efluentes, uma vez que são considerados de alto risco. Além do monitoramento físico-químico, o monitoramento biológico é uma importante ferramenta para avaliação da qualidade de efluentes. O objetivo desse trabalho foi avaliar a eficiência de quatro ensaios na determinação da toxicidade de efluente tratado de refinaria de petróleo. Foram realizados ensaios de toxicidade aguda com Daphnia magna e com bactérias aeróbias heterotróficas (Teste D), e ensaios de toxicidade crônica com Ceriodaphnia dubia e Caenorhabditis elegans. Os ensaios com D. magna seguiram a NBR 12713 (ABNT, 2004) e tiveram como endpoint a mortalidade. O Teste D foi baseado em Krebs (1985) e avaliou efeitos de estímulo ou inibição do consumo bioquímico de oxigênio (CBO). Ensaios com C. dubia avaliaram a mortalidade e a reprodução dos organismos, segundo a NBR 13373 (ABNT, 2005). Os ensaios com C. elegans foram realizados de acordo com a ISO/DIS 10872 (2009), e tiveram o crescimento e a reprodução como endpoints. As cinco amostras avaliadas foram provenientes de refinaria de petróleo do estado do Paraná. A análise estatística dos resultados mostrou que C. elegans foi o organismo mais sensível ao efluente, apresentando concentração de efeito observado (CEO) a partir de 12,5%, sendo classificado como organismo moderadamente sensível. Os ensaios com C. elegans e o Teste D apresentaram estímulo na concentração mais baixa, fenômeno conhecido como hormese. Esse fenômeno deveria ser considerado em avaliações ambientais uma vez que toda alteração na composição e estrutura de comunidades interfere na integridade dos ecossistemas.