Épocas de poda seca e sua influência na brotação, produção e qualidade das uvas Cabernet Sauvignon e Isabel na serra gaúcha
Mostra/ Apri
Data
2015-02-24Autore
Tesser, Paulo Adolfo
Orientador
Pauletti, Gabriel Fernandes
Metadata
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A vitivinicultura é uma atividade de grande importância econômica e social na Região da Serra Gaúcha, destacando-se na produção de vinhos, sucos e derivados. De acordo com a característica da produção vitícola da região, formada de pequenos produtores, com mão de obra familiar na grande maioria das propriedades rurais. As atividades de manejo cultural, que envolvem a utilização de mão de obra, são significativas e de grande importância, sendo necessária sua maximização para a redução de custos, sem comprometer a qualidade das uvas. Uma destas atividades é a poda seca, também chamada de poda de produção ou poda definitiva, que normalmente é realizada nos períodos de julho a setembro, sendo necessário um intenso uso de mão de obra. Assim, um maior período para a realização desta atividade é interessante do ponto de vista do escalonamento das atividades e para o aproveitamento da mão de obra familiar. O objetivo deste trabalho foi avaliar a produção e a qualidade das uvas produzidas em diversas épocas de poda. A poda foi realizada a cada quinze dias, a partir do dia 1º de abril até 15 de setembro de 2012. Foram utilizadas as variedades Cabernet Sauvignon e Isabel, em dois vinhedos localizados no município de Farroupilha-RS. Os principais parâmetros avaliados foram: época de brotação, floração, maturação, índices de produtividade, grau glucométrio, pH e Acidez Titulável. Os tratamentos (12 épocas de poda) foram aplicados em parcelas experimentais compostas por três plantas, em delineamento de blocos casualizados, com três repetições. Os dados foram submetidos à análise de variância (Anova) e comparação de médias utilizando o teste de Tukey a 5%. Os resultados mostraram que a poda antecipada realizada nos meses de abril e maio, pode ser utilizada sem comprometer a produção e qualidade das uvas em relação à época de poda normal (agosto e setembro). A época de poda precoce (junho e julho) provoca uma antecipação da brotação e prejudica a uniformização e o percentual de brotação das varas. Foi observado também que a poda antecipada e a tardia induzem uma brotação mais tardia, com menor risco de dano causado por geadas primaveris e um maior percentual de brotação nas varas com uma maior uniformidade. A poda antecipada contribui ainda para a redução na contratação da mão de obra externa e, consequentemente, na redução de custos, sendo realizada numa época de menor atividade agrícola.