Educação e paz em Kant
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Data
2015-04-13Autor
Gehlen, Maricelia Pereira
Orientador
Kuiava, Evaldo Antônio
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A presente dissertação, intitulada Educação e Paz em Kant, fruto de uma pesquisa de mestrado, do Programa de Pós - Graduação em Educação, da Universidade de Caxias do Sul, tem por objetivo abordar o tema educação e paz a partir do pensamento pedagógico do filósofo Immanuel Kant. O trabalho parte de uma abordagem metodológica analítica e interpretativa, priorizando a revisão conceitual e a argumentação reflexiva e crítica. Inserido nas pesquisas da filosofia da educação, este trabalho busca esclarecer conceitos, refletir sobre as contribuições presentes nos escritos pedagógicos de Kant a respeito de educação e de paz. As obras do filósofo especialmente consideradas para esta pesquisa foram: Sobre a pedagogia, Fundamentação da Metafísica dos Costumes, À paz perpétua e Resposta à pergunta: que é o iluminismo? Da mesma forma, pretende-se atualizar as contribuições do filósofo no sentido de averiguar sua aplicabilidade no contexto educacional contemporâneo através de seus comentadores. No decorrer da pesquisa, buscando por argumentos que justificassem e auxiliassem o entendimento do trajeto percorrido e por ideias que embasassem a pedagogia kantiana, evidenciou-se o destaque de suas contribuições enquanto teórico da filosofia sendo, ainda, pouco estudado como teórico da educação. Kant entende educação como processo a ser desenvolvido ao longo da vida, tendo como meta a construção do sujeito autônomo e moral, portanto, livre. O sujeito da paz, da mesma forma, deve constituir-se a partir de tais preceitos, garantidos a partir de sua essência por meio de uma educação primorosa que lhe tire do estado menoridade e lhe conduza à maioridade, em busca de um Estado igualmente livre, que lhe garanta a Paz permanentemente. Segundo Kant, a sociedade não poderia ter outra constituição que não fosse republicana - por estar fundada sobre princípios de liberdade, de dependência de uma legislação comum e de igualdade dos cidadãos entre si. Quando sujeito e Estado estiverem em plena harmonia, onde não haja injustiças nem privilégios, estará, da mesma forma, se descortinando o caminho para a implantação do que Kant nominou Estado das Nações. E, a partir deste, quiçá para a construção do Estado Mundial Cosmoético.