Avaliação do consumo de frutas em pacientes com diabetes mellitus tipo 2
Fecha
2020-12-19Autor
Barros, Adriana Oliveira de
Orientador
Gehrke, Bruna Bellincanta Nicoletto
Metadatos
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Introdução: O consumo de frutas entre pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) pode ser considerado prejudicial, baseando-se na crença que a frutose traz danos a glicemia. O objetivo deste estudo foi avaliar o consumo de frutas em pacientes com DM2 e identificar a sua associação com parâmetros de controle glicêmico. Métodos: Foram incluídos 197 pacientes ambulatoriais com DM2, submetidos à avaliação clínica, sociodemográfica, antropométrica, laboratorial e de consumo alimentar. A ingestão alimentar total e o consumo de frutas foram avaliados por questionário quantitativo de frequência alimentar. Os pacientes com menor e maior consumo de frutas (de acordo com a mediana) foram comparados. Resultados: A média do consumo de frutas foi de 593,66 ± 330,74 g/dia. Entre os menores e maiores consumidores de frutas, os valores de glicemia (169,42 ± 70,83 vs.158,62 ± 64,56 mg/dL; p=0,273) e hemoglobina glicada (8,39 ± 1,68 vs. 8,68 ± 2,38%; p=0,319) não foram diferentes, assim como as demais variáveis. Os pacientes com maior consumo de frutas apresentaram maior ingestão de energia (p<0,001), carboidratos (p<0,001) e fibras (p=0,006) e uma menor ingestão de proteínas (p=0,015), lipídeos totais (p=0,040) e seus tipos. O grupo que mais consumiu frutas apresentou uma maior ingestão de vitamina C (p<0,001) e potássio (p<0,001) e um menor consumo de sódio (p=0,001). Foi observado ainda uma correlação negativa entre o consumo de frutas e o índice glicêmico da dieta (p=0,05). Conclusão: Não houve diferença na glicemia em jejum e no valor de hemoglobina glicada entre os pacientes com DM2 com maior e menor consumo de frutas. [resumo fornecido pelo autor]