O excesso de acolhimentos em instituições de acolhimento de crianças e adolescentes na pandemia da COVID-19 e os impactos no trabalho do/a assistente social
Data
2022-03-15Autore
Stevens, Tassiane da Silva Oliveira
Orientador
Lorenzini, Rosane Inês Fontana
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O presente estudo representa o processo de aprendizagem reflexivo crítico para a conclusão do Curso de Serviço Social da Universidade de Caxias do Sul. Este estudo é fruto de uma pesquisa que ascende em um momento pandêmico em que ocorreu o Estágio Supervisionado em Serviço Social I, II e III, no período do ano de 2021 ao primeiro semestre de 2022. Tem como problema de pesquisa o seguinte questionamento: Como os Serviços de Acolhimento Institucional para crianças e adolescentes lidaram com o excesso de acolhimentos ocorridos durante a pandemia da COVID-19 e quais os impactos no trabalho técnico do/a assistente social? Para contemplar de forma organizada e satisfatória, o problema proposto, foram elencadas as seguintes questões norteadoras: 1 – O que é e como se organiza um serviço de acolhimento institucional para crianças e adolescentes no Brasil? 2 – Como a Política da Assistência Social se organiza no Brasil? Quais são as suas diretrizes? 3 – Como a Política da Assistência Social se organizou para atender a demanda imposta pela pandemia da COVID-19 no país? 4 – Houve mudanças em relação aos fatores que motivaram os acolhimentos na pandemia em relação aos anteriores? 5 – Como se dá o trabalho do Serviço Social em uma instituição de acolhimento para crianças e adolescentes? Quais as mudanças que ocorreram no trabalho do/a assistente social com a pandemia da COVID-19? 6 – O que se buscou realizar para qualificar o trabalho do Serviço Social no espaço institucional para responder a demanda de trabalho? O objetivo principal deste estudo foi identificar, descrever e discutir, mediante análise documental, bibliográfica e de levantamento, o trabalho do/a assistentes sociais nos Serviços de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes no contexto da pandemia da COVID-19 no Brasil. Para a compreensão da realidade social foi utilizado o método materialista dialético crítico, valorizando as categorias: historicidade, totalidade, contradição, mediação, trabalho e cotidianidade. Com relação a abordagem, utilizou-se o enfoque quali-quantitativo ou misto, dentro dos parâmetros investigativos que são próprios de uma pesquisa conduzida no campo social. A coleta de dados se deu por meio de pesquisa bibliográfica, documental e de levantamento, com o intuito de realizar análises comparativas entre os resultados já consolidados por órgãos oficiais de pesquisa aplicada. Como importância deste estudo, destacou-se a agudização das expressões da questão social que a pandemia enfatizou, acarretando alterações importantes no trabalho profissional dos trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social - SUAS, e também quanto ao compromisso ético dos/as assistentes sociais em ofertar um serviço qualificado aos usuários desta política. Como resultados, evidenciou-se a precarização que a Política Pública de Assistência Social vem sofrendo e o impacto no trabalho do/a assistente social diante do excesso de acolhimentos de crianças e adolescentes durante a pandemia, o que impactou diretamente no atendimento qualificado aos usuários, reforçando práticas assistencialistas, historicamente conhecidas. Ainda, destacou-se a necessidade de investimento em pesquisas para analisar os impactos no trabalho dos profissionais, buscando, por meio de órgãos como a ABEPSS e o CFESS, apreender de forma aprofundada os impactos deste período no trabalho dos/as Assistentes Sociais. [resumo fornecido pelo autor]
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- Serviço Social [42]