As pedagogias de acolhimento das crianças e adolescentes institucionalizados e adotados
Fecha
2024-02-23Autor
Rossetti, Leticia Capra
Orientador
Welter, Cristiane Backes
Metadatos
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Esta pesquisa apresenta um estudo sobre as pedagogias de acolhimento e ensino de crianças e adolescentes institucionalizados e adotados. Está vinculada à Linha de Pesquisa Processos Educacionais, Linguagem, Tecnologia e Inclusão - Mestrado em Educação, da Universidade de Caxias do Sul. Realizou-se uma revisão bibliográfica a partir dos teóricos Paulo Freire, Carlos Skliar, Bell Hooks, Luis Antônio Batista e Humberto Maturana. Dentro de uma pesquisa qualitativa, com Estudo de Caso a partir de Yin, foram realizadas, em uma Escola Municipal de Caxias do Sul, a partir dos seguintes instrumentos de coleta de dados, entrevista semiestruturada com uma professora, uma coordenadora pedagógica e um diretor que atuam na escola participante da pesquisa e entrevistas semiestruturadas com quatro famílias que adotaram bebês, crianças e adolescentes; uma oficina de integração com 22 alunos do terceiro ano do Ensino Fundamental da escola participante, sendo que duas crianças do grupo foram adotadas. Foram construídas a partir da análise dos dados coletados três categorias, que são: Categoria 1: Pedagogias de Acolhimento com duas subcategorias: Subcategoria 1: Contexto Relacional, Subcategoria 2: Criança e adolescente em situação de acolhimento e adotado; Categoria 2: Planejamento da estratégia pedagógica, Subcategoria 1: União família, escola e rede de apoio, Subcategoria 2: Lacunas de aprendizado; Categoria 3: O impacto do
acolhimento institucional, Subcategoria 1: As múltiplas linguagens no ensino inclusivo para a criança/adolescente acolhido(a). Para as análises dos dados coletados, foi utilizada a técnica da análise de conteúdo por meio da construção dessas categorias de análise mencionadas, sendo que Bardin (1994) é o referencial que dá sustentação ao tipo de análise realizada. Os resultados encontrados indicam que a escola pesquisada percebeu que está construindo pedagogias de acolhimento `extraoficiais? para crianças em acolhimento ou adotadas, durante a participação e as reflexões realizadas para esta pesquisa. Conforme as necessidades surgem na escola e demandam ações de todos os envolvidos nos processos de ensino e de aprendizagem, a escola age utilizando pedagogias de acolhimento. Os profissionais elaboram medidas para que as crianças e os adolescentes adotados consigam obter sucesso no aprendizado. Entendeu-se que essas pedagogias de acolhimento que estão sendo utilizadas conforme as necessidades vão surgindo permitem um olhar inclusivo para qualquer criança que necessite, como a aproximação da escola com a família, proporcionar avaliações em outros formatos, planejamento pedagógico, rede de apoio fortalecida, não encaminhar tarefa para a criança em acolhimento institucional, entre outras. Percebeu-se que as informações sobre o histórico do aluno em acolhimento institucional ou adotado só são compartilhadas entre escola e família, diante de algum acontecimento em que os pais são chamados na escola. As crianças que são adotadas tardiamente apresentam mais dificuldades no aprendizado, devido às situações anteriores que aconteceram em suas vidas e os bloqueios psicológicos advindos dessa vivência anterior. Assim, os profissionais da escola participante da pesquisa percebem que agora estão mais preparados para utilizar as pedagogias de acolhimento quando acontecerem novas situações envolvendo toda e qualquer criança e adolescente que precise de um olhar inclusivo. Por consequência desta pesquisa, tornou-se fundamental destacar que existem diferenças impactantes a serem consideradas nas Pedagogias de Acolhimento para crianças em acolhimento e para as crianças adotadas. [resumo fornecido pelo autor]