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Entre as frestas das políticas públicas: representações sociais de famílias de crianças em sofrimento psíquico grave
dc.contributor.advisor | Bisol, Cláudia Alquati | |
dc.contributor.author | Monteiro, Ananaíra | |
dc.contributor.other | Camardelo, Ana Maria Paim | |
dc.contributor.other | Valentini, Carla Beatris | |
dc.contributor.other | Borges, Adriana Araújo Pereira | |
dc.contributor.other | Guareschi, Pedrinho Arcides | |
dc.date.accessioned | 2020-09-29T16:35:22Z | |
dc.date.available | 2020-09-29T16:35:22Z | |
dc.date.issued | 2020-05-29 | |
dc.date.submitted | 2020-09-29 | |
dc.identifier.uri | https://repositorio.ucs.br/11338/6544 | |
dc.description | O objetivo desta pesquisa é descrever as representações sociais referentes ao cuidado, nos âmbitos da educação, saúde e assistência social, que emergem nos relatos de famílias de crianças em sofrimento psíquico grave. A resposta que a sociedade apresenta às crianças em sofrimento psíquico grave e às demandas familiares, escolares e sociais, se dá pelo viés de políticas. As políticas públicas e serviços estratégicos no cuidado a essas crianças no Brasil compreendem a educação, expressa pela Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva, a saúde mental, que tem como serviço de referência à crianças e adolescentes os Centros de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSIj), e a assistência social, sob gestão do Sistema Único de Assistência (SUAS), que atua pela Política Nacional de Assistência Social (PNAS). O sofrimento psíquico grave na infância é de difícil diagnóstico e sujeito à terminologia variável, devido à diversidade teórica que sustenta os olhares sobre os quadros psicopatológicos graves. Considerando esta complexidade, este trabalho elege a terminologia sofrimento psíquico grave. Esta pesquisa, de cunho qualitativo, foi desenvolvida a partir de seis entrevistas realizadas com responsáveis de crianças usuárias de um CAPSIj de um município no interior do Rio Grande do Sul. A análise foi realizada com base na Teoria das Representações Sociais, utilizando-se do método de análise de discurso através da técnica de associação de ideias (SPINK, 2013), sendo possível identificar três eixos, organizados em duas dimensões associativas em cada. O Eixo I se refere às representações sociais das entrevistadas sobre si mesmas. A primeira dimensão associativa explicita que o exercício de cuidado às crianças é representado pela função de obedecer a ordens e orientações de saberes especialistas, enquanto a segunda apresenta a representação emocional ligada ao exercício de cuidar. O Eixo II apresenta as representações sobre as crianças. A primeira dimensão se refere às representações expressas por normalidade e anormalidade e a segunda sobre o sofrimento psíquico da criança. O Eixo III aborda as representações sobre o cuidado. Na primeira dimensão as representações se referem às intervenções dos dispositivos institucionais em relação ao cuidado das crianças e suas famílias, enquanto a segunda, sobre a medicalização como principal meio de intervenção. As entrevistadas são capturadas pelo discurso técnico e especialista de educadores, médicos e assistentes sociais, pautado em uma visão biomédica. As exigências dos dispositivos institucionais de cuidado contribuem para que haja frestas nas políticas públicas, o que dificulta a trajetória de cuidado. Escola e serviços aparecem relacionados a representações contraditórias de cuidado e negligência diante do sofrimento da criança, justificando assim o deslizamento entre cuidado e controle. Neste cenário, o cuidado parece corresponder a uma necessidade de ordenamento social que evidencia práticas de controle às custas do desaparecimento do sujeito e que parecem não responder à demanda do sofrimento da criança. Em contrapartida, as frestas também aparecem como possibilidade de reinvenção das entrevistadas, que retornam ao seu conhecimento e produzem novas formas de saber acerca do cuidado, baseando-se em suas experiências e considerando a singularidade das crianças. | pt_BR |
dc.description.abstract | El objetivo de esta investigación es describir las representaciones sociales que se refieren a la atención, en las áreas de educación, salud y asistencia social, que surgen en los informes de familias de niños con angustia psicológica severa. La respuesta que la sociedad presenta a los niños con graves trastornos psicológicos y a las demandas familiares, escolares y sociales se debe a un sesgo político. Las políticas públicas y los servicios estratégicos en la atención de estos niños en Brasil comprenden la educación, expresada por la Política Nacional de Educación Especial desde la perspectiva de la Educación Inclusiva, la salud mental, cuyo servicio de referencia para niños y adolescentes son los Centros de Atención Psicosocial para Niños y Adolescentes (CAPSIj), y asistencia social, bajo la administración del Sistema Único de Asistencia (SUAS), que opera bajo la Política Nacional de Asistencia Social (PNAS). La angustia psicológica severa en la infancia es difícil de diagnosticar y está sujeta a una terminología variable, debido a la diversidad teórica que sostiene los puntos de vista sobre las condiciones psicopatológicas severas. Considerando esta complejidad, este trabajo elige la terminología de la angustia psicológica severa. Esta investigación, de carácter cualitativo, se desarrolló en base a seis entrevistas realizadas con los tutores de niños que utilizan un CAPSIj en un municipio en el interior de Rio Grande do Sul. El análisis se realizó con base en la Teoría de las Representaciones Sociales, utilizando el Método de análisis del discurso mediante la técnica de asociación de ideas (SPINK, 2013), siendo posible identificar tres ejes, organizados en dos dimensiones asociativas en cada uno. El eje I se refiere a las representaciones sociales de los entrevistados sobre ellos mismos. La primera dimensión asociativa explica que el ejercicio del cuidado de los niños está representado por la función de obedecer órdenes y orientaciones del conocimiento especializado, mientras que el segundo presenta la representación emocional vinculada al ejercicio del cuidado. El Eje II presenta representaciones sobre niños. La primera dimensión se refiere a las representaciones expresadas por la normalidad y la anormalidad y la segunda dimensión se refiere al sufrimiento psicológico del niño. El eje III aborda las representaciones sobre la atención. En la primera dimensión las representaciones se refieren a las intervenciones de dispositivos institucionales en relación con el cuidado de los niños y sus familias, mientras que la segunda, sobre la medicalización como el principal medio de intervención. Los entrevistados son capturados por el discurso técnico y especializado de educadores, médicos y trabajadores sociales, basado en una visión biomédica. Las demandas de los dispositivos de atención institucional contribuyen a la existencia de brechas en las políticas públicas, lo que complica la trayectoria de la atención. La escuela y los servicios están relacionados con representaciones contradictorias de atención y negligencia ante el sufrimiento del niño, lo que justifica el cambio entre la atención y el control. En este escenario, la atención parece corresponder a una necesidad de orden social que resalte las prácticas de control a expensas de la desaparición del sujeto y que no responda a la demanda de sufrimiento del niño. Por el contrario, las grietas también aparecen como una posibilidad para reinventar a los entrevistados, quienes vuelven a su conocimiento y producen nuevas formas de conocer la atención, en función de sus experiencias y considerando la singularidadde los niños. | spa |
dc.language.iso | pt | pt_BR |
dc.subject | Política pública | pt_BR |
dc.subject | Famílias | pt_BR |
dc.subject | Representações sociais | pt_BR |
dc.subject | Sofrimento - Aspectos psíquicos | pt_BR |
dc.subject | Public policy | en |
dc.subject | Families | en |
dc.subject | Social Representations | en |
dc.subject | Suffering - Psychic aspects | en |
dc.title | Entre as frestas das políticas públicas: representações sociais de famílias de crianças em sofrimento psíquico grave | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
mtd2-br.advisor.instituation | Universidade de Caxias do Sul | pt_BR |
mtd2-br.advisor.lattes | http://lattes.cnpq.br/9724754614330584 | pt_BR |
mtd2-br.author.lattes | MONTEIRO, A. | pt_BR |
mtd2-br.program.name | Programa de Pós-Graduação em Educação | pt_BR |