Turismo, realidade virtual experiência turística: aproximações reflexivas
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Data
2021-01-28Autor
Taufer, Lisele
Orientador
Ferreira, Luciane Todeschini
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O Turismo, fenômeno multifacetado, é, também, uma atividade que se desenvolve consoante às revoluções mundiais, e uma das características que o constitui é a experiência mnêmica/afetiva, que marca a vida do sujeito/turista. As revoluções, entre elas as tecnológicas, imprimem novas formas de se fazer e de se pensar o turismo. O objetivo do presente estudo é caracterizar e analisar a experiência imersiva da Realidade Virtual proporcionada pelo uso do dispositivo Headset, na sua relação com o Turismo. Para tal consecução, tem-se por supostos: o mundo pós-moderno imprimiu novas formas de os sujeitos se relacionarem; as tecnologias são parte intrínseca dessas novas configurações e organizações, inclusive temporais e espaciais; os sujeitos estão sempre em deslocamentos (de diferentes naturezas); a realidade virtual é característica do mundo pós-moderno; a coexistência de diferentes abordagens conceituais de turismo e, as subjetividades presentes nas experiências turísticas. A metodologia utilizada tem caráter qualitativo, e, como tipo de pesquisa, busca-se a compreensão do problema de investigação a partir das teorias disponíveis, analisando-as e estabelecendo relações para explicitações sobre experiência turística imersiva que se dá no espaço virtual. Portanto, elementos que caracterizam natureza de pesquisa predominantemente bibliográfica. Para formação do marco teórico foram realizadas abordagens conceituais acerca do turismo, viagem, deslocamento, experiência turística, experiência imersiva, território, virtualização (virtual e virtualidade) e cibercultura para que se possa refletir e responder a questão: a experiência proveniente da imersão proporcionada pelo uso de headsets e de uma plataforma interativa multissensorial de Realidade Virtual, com conteúdo visual em 360°, pode ser considerada turística? Assim perspectivados, se o turismo for caracterizado como deslocamento físico, não se faz possível pressupor a existência de uma experiência turística virtual; porém, se a base teórico-analítica modificar-se, considerando turismo como um movimento para o desconhecido, há de se considerar a possibilidade de uma experiência com óculos 3D ser também caracterizada como turística. Nos desdobramentos ainda se fazem presentes muitos outros questionamentos, mas, a resposta ao questionamento inicial, se é ou não considerada experiência turística a realizada por meio de óculos 3D, dependerá das lentes analíticas sobre as quais o fenômeno está sendo investigado. Já há na literatura um aceno positivo para esse questionamento [resumo fornecido pelo autor].