A mobilidade do quarteto instrumental Yangos: dos fluxos às redes. Turismo, território e música
Fecha
2021-03-20Autor
De Sá, Felipe Zaltron
Orientador
Gastal, Susana de Araújo
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Em suas marcas, a Pós-Modernidade sensibiliza o momento contemporâneo em aspectos como: [a] as rupturas paradigmáticas da ciência, em que o cartesianismo se vê defrontado com visões que consideram as subjetividades e complexidades da relação sujeito-pesquisador e o objeto pesquisado; [b] os desencaixes, as fragmentações e as compressões espaço-temporais, pressupondo também o `apagamento do território?; [c] o território, nas suas transversalidades, marcado pela multiterritorialidade, des-reterritorialização e território-rede; [d] a crescente mobilidade das relações sociais, culturais, espaço-temporais, econômicas, políticas e ideológicas que modificam as estruturas dos sujeitos, objetos, informações e capital; [e] as relações culturais, em destaque a música, em diferenciações no seu fenômeno analisado pelas lógicas escalares, principalmente pela sua expansão conceitual e compressão espaço-temporal; [f] a formação das redes, que mesclam lugar, território e cultura, mobilizando estruturas [i]móveis; [g] o Turismo abarcando e interpelando tais dialógicas e tentando compreendê-las em suas multidimensões complexas. Considerando tais cenários, a presente investigação tem como objeto de estudo, o Turismo visto por meio da Mobilidade, do Território, do Lugar e da Música, entrelaçado pelas redes. A partir das construções teóricas, analisa-se os sujeitos do quarteto instrumental Yangos, os quais em seus movimentos e deslocamentos por territórios e lugares construíram e formaram redes: macro e micro, subjetiva e musical. Metodologicamente, considera-se a complexidade e a mobilidade a serem carregadas e entre-laçadas pelos e com os sujeitos-pesquisados, o que possibilitou pesquisar o complexus e em movimento. Com isso, a pergunta problematizadora parte-se de quais as possíveis aproximações e distanciamentos são sinalizados nas relações pós-modernas contemporâneas entre mobilidade, território, lugar e música analisadas por meio dos fluxos e das redes, se associadas ao Turismo e ao quarteto instrumental Yangos, como objeto empírico. O objetivo geral é de descrever o diálogo do quarteto instrumental Yangos com as topologias [raiz] e topografias [rizoma] em rede entrelaçando com o Turismo e a rede musical. Explorando as possibilidades das aproximações e distanciamentos, entende-se que a topologia e a topografia fazem parte e formam as redes, como parte da mobilidade de suas estruturas, no enraizamento e no rizomático. Ambas formações carregam características dialógicas que colaboram para a construção da formação da rede. Analisada a[s] mobilidade[s] do quarteto instrumental Yangos, emergem três formações, a que se denomina no âmbito desta investigação: partitura enraizada, rizoma instrumental e rede Yangos. A rede Yangos, como formada pelas duas anteriores, se constitui como estrutura móvel, que busca o múltiplo, nas suas des-reterritorializações, nas suas [multi]territorialidades e nas suas músicas. Ao acompanhar, a Yangos, durante seis meses, em suas performances, seus eventos e em seus locais de trabalho e residência, apontou-se a existência das três formações, assim como das relações contemporâneas de mobilidade, território, lugar e música. E dessa maneira, entrelaçado ao Turismo, que como estrutura móvel desloca os sujeitos pelos diferentes territórios e lugares, explorando a performatividade e a experiência como significantes. Os conceitos de Turismo, Mobilidade, Território, Lugar e Música pressupõem os entre-laçamentos e formações em redes, que atualmente ampliam as discussões sobre suas próprias disciplinas, e reformulam as dinâmicas e práticas socioculturais. [resumo fornecido pelo autor]