Fatores determinantes da adoção e uso da internet das coisas e de objetos inteligentes conectados frente às percepções de universitários brasileiros
Data
2021-04-29Autore
Bertollo, Diego Luís
Orientador
Camargo, Maria Emilia
Metadata
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A internet of things (IoT) é uma tecnologia emergente e caracteriza-se como um novo paradigma que visa integrar diversas tecnologias e soluções de comunicação com aplicações em muitos domínios diferentes, tais como: ambientes inteligentes (residencial e comercial), automação industrial, saúde, agricultura de alta precisão, gerenciamento inteligente de energia (smart grids, conservação de energia em edifícios), transporte e logística, setor automotivo em geral, cidades inteligentes e muitas outras áreas. Ultimamente, fala-se muito em cidades inteligentes e, em geral, esta é entendida como uma cidade que, por meio da utilização da tecnologia, presta serviços tradicionais e resolve questões urbanas facilitando a mobilidade e melhorando os serviços sociais de forma sustentável. Vê-se que o real significado de ?cidade inteligente? não é uma característica definidora de uma cidade, mas sim uma ferramenta. É por isso que ?inteligente? deve ser associado à capacidade da cidade de criar bem-estar para seus cidadãos e sua característica básica é o valor que atribui à participação do indivíduo. As cidades usam essa ferramenta para coletar dados em tempo real sobre o estado do tráfego, a qualidade do ar e da água, o índice de radiação solar, entre muitas outras coisas. Algumas das aplicações mais conhecidas desta ferramenta consistem na instalação de sensores nas ruas que detectam lugares de estacionamento gratuitos, engarrafamentos, quanto tempo demorará a chegada do próximo ônibus, sensores que detectam os pedestres para incidir iluminação pública com mais eficácia, dentre outros. A literatura, de modo geral, se concentra nos aspectos técnicos da IoT e menos atenção é dado nos estudos comportamentais que esclarecem a percepção dos usuários sobre a adoção e uso da IoT e dos objetos inteligentes. O estudo bibliométrico da presente tese apontou um crescimento significativo de estudos relacionados a internet das coisas e objetos inteligentes conectados. Na mesma medida, observou-se um crescimento da quantidade de aplicações e de objetos inteligentes conectados. Sendo assim, é essencial compreender o processo de aceitação e uso por parte dos consumidores, uma vez que estas ferramentas de marketing são relevantes para as pretensões futuras. Logo, o objetivo desta tese é identificar os fatores determinantes para adoção de objetos para cidades inteligentes com tecnologia baseada da internet das coisas na percepção de universitários. O modelo foi construído fundamentando-se nos conceitos de fatores destacados por Diener et al. (1985), Davis et al. (1989), Chau (1996), Sweeney e Soutar (2001), Arnold e Reynolds (2003), Faurie e Van de Leemput (2007), Hong e Thong (2013), Gao e Bai (2014), Munzel, Meyer-Waarden e Galan (2015) e Al-Momani, Mahmoud e Ahmad (2016). A pesquisa foi do tipo quantitativa exploratória, a amostra foi de 205 respondentes. Foi utilizado o método quantitativo, operacionalizado através de uma survey aplicada a 205 universitários. Para a análise, utilizou-se a modelagem de equações estruturais com o Software Smart PLS® v. 3.3.2 (Ringle et al., 2015). Das 19 hipóteses formuladas, 10 foram confirmadas, conforme o modelo teórico proposto. Verificou-se que, na amostra pesquisada, existe grande propensão (57,1%) para o uso da internet das coisas e dos objetos inteligentes conectados. O estudo apresentado nesta tese pode contribuir para a literatura existente, através da testagem das suposições teóricas sobre de modelos de aceitação e uso da tecnologia adicionando variáveis relacionadas ao prazer e bem-estar com a internet das coisas e de objetos inteligentes conectados. [resumo fornecido pelo autor]