Avaliação da aplicação de extratos de guaco (Mikania laevigata) contendo cumarinas na revelação de impressões digitais latentes
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Data
2021-05-12Autor
Bassanesi, Gabriela Reginato
Orientador
Silva, Sidnei Moura e
Metadata
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As impressões digitais são um dos recursos mais usuais na identificação de indivíduos, devido a sua simplicidade. Entre as técnicas mais convencionais na revelação das impressões digitais latentes, está o empoamento. Para isso, se utilizam pós reveladores de pequena granulometria, que podem conter ferromagnéticos ou propriedades luminescentes. Por outro lado, parte destes pós no mercado hoje possuem metais pesados, os quais podem acarretar em doenças ocupacionais. Assim, o objetivo deste trabalho foi buscar em extratos de guaco (Mikania leavigata) compostos com capacidade de revelar digitais latentes, tendo em vista que esta planta possui como principais metabolitos secundários cumarinas, compostos com características fluorescentes. Para isso, foram feitos extratos com 10 g desta planta com 150 mL de solventes de grau de polaridade diferentes (hexano, clorofórmio, acetato de etila, etanol e etanol-água (1:1)), caracterizados por Espectrometria de Massas de Alta Resolução (EMAR), sendo identificado como composto majoritário a cumarina, e a presença de outros compostos como os ácidos o-cumarínico, cinamoilgrandiflórico, caurenóico, dicafeoilquínico, da o-Geranilescopoletina e do curcumeno. A avaliação da emissão de fluorescência dos extratos foi feita por Espectrometria de Fluorescência, mostrando que os extratos florescem na faixa das cumarinas (460-500 nm). Por fim, foi testada à capacidade dos pós de guaco remanescentes da extração em revelar digitais latentes tendo como resultados revelações promissoras para os pós que foram extraídos com hexano, clorofórmio, acetato de etila e etanol. O nível de detalhamento das revelações diminuído conforme o aumento da polaridade do solvente utilizado para extração, sendo o pó obtido com hexano o que apresentou um maior nível de detalhamento nas duas superfícies testadas (papel e vidro). Por outro lado, o pó obtido com a mistura etanol/água obteve revelações sem definições, em relação aos demais extratos, não podendo ser utilizada para a identificação. Em resumo, esse trabalho demonstra uma possível aplicabilidade de extratos obtidos a partir de guaco como pós reveladores luminescentes. [resumo fornecido pelo autor]