Hemolinfa bruta e frações de Lonomia obliqua Walker, 1855 (Lepidoptera, Saturniidae : avaliação do perfil proteico e viabilidade celular em cultura hipocampal primária de ratos Wistar
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Data
2016-08-09Autor
Maggi, Silviane
Orientador
Silva, Sidnei Moura e
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elevação da expectativa de vida e a diminuição no índice de natalidade têm como consequência o envelhecimento da população mundial, com aumento da incidência de doenças neurodegenerativas. Pessoas acometidas por esses males dispõem atualmente de limitados recursos terapêuticos. Estes muitas vezes são só paliativos, com baixa ou nula perspectiva quanto à reversão dos danos instalados. Por isso, o estudo de substâncias possivelmente neuroprotetoras, que apresentam potencial aplicação como novas drogas, tem sido alvo de pesquisas. Estudos realizados a partir das toxinas produzidas por lagartas da mariposa Lonomia obliqua, as quais têm causado inúmeros acidentes na região Sul do Brasil, identificaram uma proteína presente na hemolinfa com atividade antiapoptótica. A mesma demonstrou provável atuação na manutenção do potencial elétrico de membrana mitocondrial elevado, evitando a morte celular por mecanismo apoptótico. Desta forma, este estudo tem como objetivo avaliar o perfil proteico e efeito da hemolinfa bruta e fração cromatográfica sobre a viabilidade celular de cultura primária de neurônios hipocampais de ratos após a indução de apoptose. Para avaliação do perfil proteico em amostras da hemolinfa bruta e frações de 3 lotes de lagartas de origens distintas, foi utilizada a abordagem proteômica shotgun, semi-quantitativa. Foram identificadas 76 proteínas totais, sendo 71 na hemolinfa e 40 nas frações. Na avaliação do extrato bruto da hemolinfa predominaram proteínas do tipo antiviral, serino proteases, hemolinas e inibidores de proteases. Já nas frações avaliadas, foram identificadas proteínas dos grupos hemolinas, serino proteases e inibidores de proteases. Os lotes apresentaram diferenças quali e quantitativas nas proteínas identificadas entre si. Em relação à viabilidade celular, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas (p<0,05) nas células tratadas com hemolinfa ou frações e induzidas ao dano oxidativo. Porém o tratamento das células com a fração na concentração de 0,05 e 0,1% (v/v) por 24 h foi capaz de manter a viabilidade celular significativamente maior em relação ao controle positivo (p<0,05 e p<0,01 respectivamente). Estes resultados podem contribuir na identificação de proteínas com potencial aplicação como neuroprotetoras.