Avaliação da genotoxicidade espermática em pacientes HIV/AIDS usuários de terapia antirretroviral de alta potência
Visualizar/ Abrir
Data
2017-02-10Autor
Buffon, Viviane Raquel
Orientador
Pasqualotto, Fábio Firmbach
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é doença causada pelo vírus da imunodeficiência humana. Apesar dos benefícios proporcionados pela terapia de supressão viral, algumas doenças como lipodistrofia, doenças cardiovasculares e infertilidade aumentaram a sua prevalência. No paciente com AIDS, considera-se a carga viral e o uso de terapia antirretroviral como possíveis agentes de genotoxicidade. Apesar do espermograma não poder detectar a causa precisa da infertilidade, o mesmo ainda é o exame mais realizado para averiguar a qualidade seminal. Por outro lado, a integridade do DNA do espermatozóide tem sido proposta como um parâmetro adicional de qualidade do sêmen. O ensaio cometa alcalino detecta a genotoxicidade de células germinativas humanas e pode ser usado para demonstrar a capacidade de uma substância interagir com o material genético das células gonadais. O presente estudo incluiu 50 pacientes com AIDS, atendidos no Ambulatório de Infectologia do Município de Caxias do Sul e no Ambulatório da Universidade de Caxias do Sul, sendo analisados dois grupos: usuário de terapia antirretroviral e naive. Realizou-se espermograma e o ensaio cometa alcalino, comparando com o número de linfócitos T CD4+, a carga viral, a idade, etc. Os dados demonstraram que o uso de antirretrovirais reduziu a genotoxicidade espermática, mas não se encontrou correlação com o espermograma. O presente trabalho demonstra que o ensaio cometa alcalino é um método eficiente para mensurar a genotoxicidade espermática dos pacientes portadores do vírus da imunodeficiência adquirida.