Produção de biomassa fúngica da linhagem PS-2001 de Pleurotus sajor-caju (Fr.) Singer em cultura submersa
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Data
2014-05-14Autor
Confortin, Fernanda Grison
Orientador
Dillon, Aldo José Pinheiro
Metadata
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Neste trabalho, formularam-se diferentes meios de cultivo para a produção econômica de biomassa de Pleurotus sajor-caju PS-2001 em processo submerso, visando o emprego do micélio na alimentação humana. Foram testadas glicose, frutose e sacarose como fontes de carbono, assim como diferentes concentrações de glicose, óleo de soja, solução de sais, extrato de levedura Prodex®, proteína de soja e sulfato de amônio. Estudos realizados em frascos agitados mostraram que 10g.L-1 de glicose promoveram a maior biomassa micelial (5,98g.L-1) e a melhor produtividade (0,048g.L-1.h-1). A adição de 1mL.L-1 de óleo de soja ao meio de cultivo mostrou ser favorável ao crescimento fúngico, também resultando na presença do aroma típico de corpos de frutificação. Os resultados de otimização do meio de cultivo mostraram que proteína de soja (2,3g.L-1), extrato de levedura (1,86g.L-1) e sulfato de amônio (1,57g.L-1) também favoreceram o crescimento. Estudos realizados em biorreator de bancada, utilizando o meio otimizado e nas condições testadas (temperatura de 28ºC, freqüência do agitador de 100rpm, taxa de aeração de 0,5vvm, O2 dissolvido acima de 30% da saturação), quando comparados aos resultados obtidos em frascos agitados com o mesmo meio, mostraram valores de biomassa, rendimento e produtividade superiores (8,18g.L-1, 0,82g.g-1 e 0,08g.L-1.h-1, respectivamente). Ao comparar os principais componentes do micélio seco de P. sajor-caju PS-2001, obtidos no presente trabalho, com o do corpo de frutificação da mesma linhagem, cultivado em serragem de eucalipto, observaram-se semelhanças na composição química com relação ao percentual de carboidratos totais, proteína bruta e minerais; no entanto, os conteúdos de lipídios brutos e de calorias mostraram-se maiores no micélio. O consumo total de sacarose na presença de óleo de soja foi evidenciado quando o cultivo foi realizado em biorreator, o que não ocorreu em frascos agitados. Ao comparar os resultados dos cultivos variando as fontes de carbono (glicose e sacarose) em biorreator, observaram-se maiores valores de biomassa, rendimento e produtividade com glicose. A determinação dos valores de exopolissacarídeos (EPS) correspondeu a 1,18 e 1,58g de matéria seca.L-1 após 120h e 144h, para glicose e sacarose, respectivamente. Os resultados mostraram ausência de atividade antioxidante in vitro dos EPS e do extrato bruto do micélio, avaliadas através da capacidade de redução do radical livre 1,1-difenil-2-picril-hidrazil (DPPH°). Verificou-se que, para produzir 1kg de micélio seco, utiliza-se 1,69kg de sacarose, a um custo de R$1,63, sendo o valor de kw.h-1 consumido de R$1,26, totalizando R$2,89, não computados os custos de mão de obra e de secagem; entretanto, o valor de mercado para 1kg de cogumelo seco é de R$200,00.