Avaliação dos efeitos antitumorais da própolis vermelha em células humanas in vitro
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Data
2017-04-18Autor
Frozza, Caroline Olivieri da Silva
Orientador
Henriques, João Antonio Pêgas
Ely, Mariana Roesch
Metadata
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A própolis vermelha brasileira tem atraído interesses científicos e econômicos devido às suas variadas atividades biológicas. Este produto natural possui composição química variada de acordo com a região na qual é encontrado, sendo necessária uma completa caracterização química para cada tipo de própolis, a fim de se elucidar os compostos presentes e responsáveis pela atividade biológica observada. Neste trabalho, buscou-se caracterizar quimicamente os extratos da própolis vermelha brasileira, avaliar sua atividade antitumoral, bem como alguns mecanismos de morte celular, além de investigar o padrão proteico de células tumorais de laringe (Hep-2) e não tumorais de rim (Hek-293) tratadas e não tratadas com extratos da própolis vermelha através da análise proteômica comparativa. A caracterização química mostrou que a própolis apresenta moléculas complexas, principalmente isoflavonoides, que possuem importantes atividades biológicas, dentre elas a atividade antitumoral. A atividade citotóxica de duas frações e do extrato hidroalcoólico da própolis foi avaliada na linhagem tumoral Hep-2, a qual se revelou mais citotóxica nos tratamentos com as frações investigadas. Os ensaios de citometria mostraram que as células que receberam tratamento apresentaram menor potencial de membrana mitocondrial, maior quantidade de células em apoptose tardia (TUNEL e Anexina-V/PI), menor geração de espécies reativas do oxigênio e o aumento de fragmentação do DNA. Além disto, as colorações revelaram a presença de corpos apoptóticos e condensação de cromatina. A análise proteômica permitiu a comparação dos mapas proteicos da linhagem Hep-2, na ausência ou presença de extratos da própolis vermelha, com a linhagem não tumoral Hek-293. Estas proteínas foram classificadas de acordo com os processos biológicos as quais estão envolvidas. Além disto, doze proteínas identificadas na linhagem Hep-2 apresentaram expressão reduzida comparada ao grupo controle, dentre as quais muitas estão presentes em grande quantidade em outros tumores e são consideradas biomarcadores tumorais. Os resultados, de forma geral, mostram que a própolis interfere em um conjunto de eventos intracelulares e, assim, passa a ser uma candidata promissora para inibir o crescimento celular e contribuir para os diferentes passos relacionados com o processo de carcinogênese. Embora os mecanismos moleculares pelos quais a própolis vermelha interaja com o metabolismo das células permaneçam ainda desconhecidos, estudos adicionais servirão para melhor elucidar a atividade antitumoral da própolis vermelha brasileira e de suas frações.