Transmissão transplacentária do Papilomavírus humano
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Data
2014-06-17Autor
Rombaldi, Renato Luis
Orientador
Pasqualotto, Fábio Firmbach
Serafini, Eduardo Pretto
Mandelli, Jovana
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A infecção genital pelo Papilomavírus humano é uma das doenças sexualmente
transmissíveis de maior freqüência, sendo que cerca de 40 genótipos foram detectados na
região anogenital feminina e masculina.
Este estudo visou avaliar a eficácia diagnóstica dos métodos coleta de material com
escova e PCR, peniscopia e histologia, para diagnóstico do Papilomavírus humano em
infecções clínicas e subclínicas de pênis, bem como estabelecer o perfil epidemiológico da
população masculina contaminada. Para tanto, desenvolveu-se um estudo prospectivo em
homens que procuraram o serviço de urologia com lesão no pênis, e em homens parceiros
sexuais de mulheres portadoras de lesões de baixo ou alto grau do colo uterino. Os
pacientes foram submetidos à entrevista epidemiológica, peniscopia e coleta das amostras
com escova e por biopsia. Avaliou-se a sensibilidade, a especificidade e a razão de
probabilidade positivo e negativo dos métodos coleta com escova e PCR, peniscopia e
histologia para diagnóstico da infecção pelo HPV. Dos 80 homens estudados, 38 (47,5%)
apresentaram-se negativos para HPV/DNA e 42 (52,5%) apresentaram-se positivos para
HPV/DNA, dos quais 29 (36,2%) eram portadores de infecção clínica, 12 (15%) eram
portadores de infecção subclínica, e um (1,3%) era portador de infecção latente.
As medidas de desempenho dos métodos diagnósticos da infecção clínica pelo HPV
foram consideradas muito boas para os métodos coleta de material com escova e PCR, histologia e peniscopia + histologia; e a coleta de material com escova e PCR foram os
métodos que apresentaram o melhor desempenho, quando empregados isoladamente, para
diagnóstico da infecção subclínica pelo HPV.
O estudo epidemiológico evidenciou média de idade do grupo HPV/DNA positivo
de 28,19,6 anos, com clara prevalência dessa infecção abaixo de 29 anos. Houve
associação estatística entre as variáveis, média de idade, estado marital solteiro, idade da
primeira relação sexual 16 anos, número de parceiras ≥2 no último ano e infecção pelo
HPV.