Colégio Sagrado Coração de Jesus, Bento Gonçalves/RS (1956-1972) : processo identitário e cultura escolar compondo uma história
Fecha
2015-02-05Autor
Poletto, Julia Tomedi
Orientador
Kreutz, Lúcio
Metadatos
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A presente dissertação buscou investigar o processo histórico do Colégio Sagrado Coração de Jesus, localizado em Bento Gonçalves – RS. A instituição educativa pesquisada faz parte do Instituto das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, de origem italiana. O estudo teve como recorte temporal o ano de 1956, data da criação do colégio no município, até 1972, em virtude da implementação da LDB nº 5.692/71 e das consequentes mudanças no processo educativo do colégio. A narrativa produzida teve como objetivo construir o processo identitário e a cultura escolar que compôs esta instituição educativa no período pesquisado. Documentos escritos (livro de tombo da Paróquia Cristo Rei, livros de atas e livros de exames finais do colégio), fotografias e a história oral de oito sujeitos vinculados ao colégio (dois ex-alunos, duas ex- professoras, duas irmãs da congregação e dois moradores da Cidade Alta, região em que a escola se constituiu) foram as principais fontes de informação. Por meio dessas fontes e da análise produzida a partir de aspectos da história cultural, foi possível identificar interessantes movimentos e rupturas do processo identitário do colégio, como as marcas da educação católica e a etnicidade no currículo oculto da escola, e da própria congregação, a exemplo da participação na administração de um hospital do município. A arquitetura escolar e algumas práticas escolares foram investigadas no viés da cultura escolar e apresentaram modos peculiares de agir, de ser, de (con)viver, de ensinar e de aprender dos sujeitos no interior da escola. Em relação à arquitetura escolar, a análise foi pautada na mudança de prédio da escola no período investigado, sinalizando as representações construídas e vivenciadas pelos sujeitos escolares nessas duas edificações em que a instituição educativa funcionou. A disciplina representada como algo positivo pelos ex-alunos e ex-professores, o ensino misto (ou a co-educação) como facilidade para os moradores e “divergente” em algumas condutas presentes no interior da escola, assim como o ensino do período foram as práticas escolares analisadas, as quais apontaram para os modos de agir dos sujeitos, em determinado tempo e espaço.