Avaliação do potencial de controle biológico de Guignardia citricarpa (Kiely) fitopatógeno de citros com isolados de Trichoderma SPP
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Data
2015-05-28Autor
Souza, Kamila Pinto de Azevedo de
Orientador
Ribeiro, Rute Terezinha da Silva
Metadata
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A cultura do citros é produzida mundialmente, sendo consumidos in natura ou na forma de produtos industrializados. Os frutos cítricos são hospedeiros de muitos patógenos. A pinta preta é uma doença que afeta a citricultura, e tem como agente causal Guignardia citricarpa Kiely. A pinta preta dos citros é controlada mais comumente com defensivos sintéticos, mas esta prática tem acarretado em consequências indesejáveis, tais como, aumento do custo de produção, contaminação do meio ambiente, envenenamento de produtores e consumidores. Em vista disso, faz-se necessário a procura por novos defensivos agrícolas alternativos de baixo impacto ambiental. Desde muito tempo, diversos estudos têm mostrado a ação antagônica de inúmeras linhagens dos fungos do gênero Trichoderma sobre outros fungos. Embora existam estudos sobre o controle de Guignardia citricarpa kiely com espécies de Trichoderma, é sabido que a variabilidade genética entre linhagens do antagonista e do patógeno apresentam uma consequência diferencial na eficiência do controle. Este trabalho teve por objetivo avaliar a capacidade antagonista de quatro linhagens de Trichoderma spp sobre Guignardia citricarpa, buscando identificar os isolados que possam ser aplicadas nos cultivos de citros no Rio Grande do Sul, com incidência da pinta preta. Para tal estudo foram feitos teste de antagonismo e teste de compostos voláteis com as linhagens T1A, T4, T17 e T8 de Tricodema spp. Avaliação da atividade enzimática quitinolítica com as linhagens T1A e T17 e avaliação da sobrevivência dos conídeos dos isolados T1A e T17 de Trichoderma spp. na parte aérea das mudas de laranjeira da variedade valência. Os isolados T8, T4, T1A e T17 de Trichoderma spp. em cultura dupla apresentam maior velocidade de crescimento que o isolado A49/11 de Guignardia citricarpa, estas mesmas linhagens em cultura dupla desenvolveram micoparasitismo sobre o isolado A49/11 de Guignardia citricarpa. Os isolados T8, T4, T1A e T17 de Trichoderma spp. foram capazes de inibir o crescimento micelial do isolado A49/11 de Guignardia citricarpa por emissão de metabólitos voláteis. Os isolados T1A e T17 de Trichoderma spp. liberaram quitinases ativas na presença de micélio desativado de G. citricarpa e Trichoderma spp. A população de Trichoderma spp. aspergida na parte aérea das plantas reduz acentuadamente no período de trinta dias, porém ainda mantém uma concentração que possivelmente pode agir como agente de controle biológico. Sendo assim as linhagens de Trichoderma utilizadas neste trabalho podem ser uma alternativa aos defensivos sintéticos para o controle da pinta preta dos citros.